“Deixai crescer um e outro até a colheita”
23 de julho de 202222/07/2022 – Jo 20,1-2.11-18 – Santa Maria Madalena – Festa
“Eu vi o Senhor!”
Leitura. O que diz o texto?
Maria Madalena é a primeira testemunha de Cristo Ressuscitado. Foi também a primeira a dar testemunho diante dos Apóstolos. Por isso Santo Tomás de Aquino a chama de “Apóstola dos Apóstolos”, pois anuncia a eles o que vão anunciar a todo o mundo. Nesse sentido, Papa Francisco em 2016 decidiu que a celebração litúrgica dela tenha o mesmo grau de Festa das celebrações dos demais Apóstolos, revelando a sua especial missão.
O texto de hoje traz esse belo testemunho de Maria Madalena, fiel seguidora de Jesus até à cruz, juntamente com outras mulheres. Ela, no primeiro dia da semana vai ao encontro do seu Mestre – bem de madrugada – ainda no alvorecer. Ela procura. Jesus, de pé (posição de ressurreição) dialoga com ela e lhe confere a missão: “Vai dizer aos meus irmãos…”. Jesus quebra os paradigmas, pois o testemunho de uma mulher não era aceito como válido.
Meditação. O que Deus nos diz através desse texto?
Maria Madalena não desistiu da sua procura por Jesus. Enquanto os demais se encontravam trancados “por medo” (Jo 20,19), as mulheres estão em saída. Assim como a esposa do Cânticos dos Cânticos, ela “levantou-se e foi percorrer a cidade (…) procurei-o e não o encontrei (…) E logo que passei por eles, encontrei o amor da minha vida” (Ct 3,1-4). E quando menos esperamos perceberemos a presença de Jesus e anunciaremos: “Vi o Senhor!”
Oração. O que o texto me faz dizer a Deus?
Em meio à desolação e à tristeza, renova minha esperança de encontrar-te, Senhor!
Contemplação. O que o texto faz em mim?
Desejo um encontro. Assim como eu sou e estou, a minha alma tem sede de Deus. Um encontro para estar próximo, na intimidade, sem muitas palavras. Totalmente desinteressado e disponível. Sou enviada e enviado como Maria Madalena a dizer: “Ele vive!”
O que o texto me sugere a viver?
A alegria da ressurreição é uma experiência pessoal e comunitária com o Ressuscitado, que nos impulsiona a uma atitude transformadora da realidade, levando vida a todos os lugares sombreados pelos sinais de morte que imperam em nossa sociedade.
Diác. Glêvison Felipe Lourenço de Sousa*
*Diácono permanente da Arquidiocese de Belo Horizonte, MG. Pós-graduado em Sagrada Escritura pelo Claretiano – Centro Universitário. Colaborador e residente na Paróquia São José – Vespasiano MG, Brasil