O Filho do Homem vai ser entregue…
24 de setembro de 2022‘Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim.
26 de setembro de 202225 de setembro, domingo, 26º Domingo do Tempo Comum
Evangelho de João, capítulo 19, versículos 25 a 27.
Leitura: O que o texto diz?
Hoje o evangelho traz o texto do rico e do Lázaro. É uma narrativa que Jesus conta aos fariseus, acusados de serem amigos do dinheiro. Por meio da cena apresentada, Jesus quer despertar nos fariseus a consciência para que realmente é importante. A parábola nos inquieta e é inquietante, pois nos situa de novo diante da exigência do amor concreto e comprometido, como serviço ao próximo. Perceba quantos Lázaros existem próximos as você: moradores de rua, dependentes químicos, marginalizados, pobres, vítimas de preconceitos… Busca um nível autêntico de empatia e compaixão por meio da tua oração.
Meditação: O que o texto diz para mim?
Esta parábola nos fala mais do presente que do “mais além”; fala de tudo o que podemos mudar desde agora para ter um futuro melhor: um verdadeiro banquete, onde a única riqueza seja o amor compartilhado. No fundo, o que a parábola deste domingo denuncia é a falta de compaixão do rico para com o pobre; sua riqueza o torna frio, distante e petrificado. Sabemos que a compaixão é o sinal mais claro de maturidade humana. A indiferença, pelo contrário, manifesta nossa imaturidade e atrofia nossa humanidade. A compaixão desperta o contato com a nossa própria vulnerabilidade ou fragilidade.
Oração: O que o texto me leva a falar a Deus?
Peça ao Senhor que te ilumina para que cultive a cultura do encontro e ajude a quebrar tudo o que gera indiferença diante da penúria dos outros. Peça também ao Senhor que abra seus olhos para as pessoas que precisam do seu cuidado, da sua ajuda. Comprometa-se a ajudar os Lázaros de hoje que ainda continuam às nossas portas.
Contemplação: O que o texto me leva a experimentar?
‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, porque eu tenho cinco irmãos”, pede o rico do evangelho de hoje. Quando acolhemos toda nossa realidade humana a partir de uma atitude humilde, é provável que emerja um sentimento amoroso para conosco mesmo; assim, nos tornamos mais sensíveis ao sofrimento dos outros. A indiferença é o jeito de ser que impede alguém de ser verdadeiro seguidor de Jesus. Que digamos como na música “Eu só peço a Deus”:
Eu só peço a Deus / Que a dor não me seja indiferente /Que a morte não me encontre um dia Solitário, sem ter feito o que eu queria / Eu só peço a Deus / Que a injustiça não me seja indiferente pois não posso dar a outra face / Se já fui machucado brutalmente
Eu só peço a Deus / Que a guerra não me seja indiferente É um monstro grande e pisa forte / Toda a pobre inocência dessa gente. Eu só peço a Deus / Que a mentira não me seja indiferente…
Ação: O que o texto me pede para viver no dia-a-dia?
Diante do mundo da exclusão e da miséria, que sentimentos prevalecem em você: indiferença, compaixão, insensibilidade, espírito solidário…? Seguir Jesus nos coloca na dinâmica da compaixão, da solidariedade. Isso começa nas coisas mínimas do dia-a-dia, seja nos relacionamentos, no trabalho, com as pessoas que encontro… Compaixão também com as coisas criadas, com esse mundo de Deus.
Lucimara Trevizan – Equipe do Lectionautas