“Aqui está quem é maior do que o Templo”
17 de julho de 201516º Domingo do Tempo Comum – Ano B
19 de julho de 2015Leitura: Mateus 12,14-21
Naquele tempo, os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos. E ordenou-lhes que não dissessem quem ele era, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: ‘Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual coloco a minha afeição; porei sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará às nações o direito. Ele não discutirá, nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz nas praças. Não quebrará o caniço rachado, nem apagará o pavio que ainda fumega, até que faça triunfar o direito. Em seu nome as nações depositarão a sua esperança.’
Oração:
Entre as profecias de Isaías, algumas dizem respeito ao messias que viria. O evangelista de hoje afirma que Jesus, ao pedir discrição em relação à sua atuação, cumpriu parte da profecia e colocou-se, assim, como o servo ao qual o profeta se referia. É realmente impossível não identificar em Jesus o messias que Isaías descreveu de tantas formas.
A profecia sobre o messias, contudo, após ter em Jesus seu cumprimento perfeito, tem em nós sua extensão. Porque somos seus discípulos, porque fomos batizados, porque somos também servos (Jo 15, 20), também a nós se dirigiram, em certa medida, as palavras do profeta Isaías. Podemos rezar hoje, portanto, com suas palavras…
“Ele não discutirá, nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz nas praças. Não quebrará o caniço rachado, nem apagará o pavio que ainda fumega, até que faça triunfar o direito”. Como eu vivo minha vida de servo e missionário? Levo a sério a modéstia, a discrição e a voz baixa que descreve quem fala a Verdade? No anúncio da Palavra, tenho mansidão, sobriedade e abertura ao diálogo, tão necessárias, especialmente hoje, à missão de levar a boa nova?
“Em seu nome as nações depositarão a sua esperança”. Minha vida, além de denunciar o mal, anuncia o bem que deve vencê-lo? Minhas atitudes dão ânimo às lutas por justiça, por igualdade e por dignidade? Ou meus pensamentos param na constatação das dificuldades, das exclusões, dos preconceitos e discriminações? Sou sinal de esperança que já constrói o que se espera ou obstáculo na construção do Reino?
“Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual coloco a minha afeição; porei sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará às nações o direito”. A oração nos ajude a perceber que o Pai também nos escolhe e nos ama. Que Ele põe também sobre nós o Espírito que é d’Ele e do Filho. Essa consciência, de sermos amados e preenchidos pelo hálito do Amor, nos ajude a anunciar a Vontade e o Bem, com palavras e com a vida mesma.
João Gustavo H. M. Fonseca, graduando em Direito na UFMG e membro da Família Verbum Dei de Belo Horizonte