O governador Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou sem saber o que pensar, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos; outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Então Herodes disse: “Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?” E queria ver Jesus.
O Evangelho de hoje nos apresenta a figura de Herodes e sua curiosidade sobre Jesus. Mais para frente, na Paixão, Lucas volta a dizer que Herodes queria ver Jesus: “Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois já ouvira falar a respeito dele, e há muito tempo desejava vê-lo. Esperava ver Jesus fazendo algum milagre” (Lc 23,8)

Herodes queria ver Jesus como quem assiste a um espetáculo. Os milagres causam admiração. Ad-mirar é exatamente mirar de fora.

Mas Jesus não quer admiradores, quer seguidores, pessoas que queiram vê-lo por dentro, vê-lo na própria vida, e percorrer com Ele o seu caminho. Subir com Ele para Jerusalém, vê-lo por dentro do Seu mistério pascal, num processo de morte e ressurreição diária até ver a própria vida configurada com a dele.

Vale muito o chamado de atenção da primeira leitura (Ageu 1,1-8): “Reflitam bem no comportamento de vocês: vocês estão plantando muito e colhendo pouco”.

– Como estou buscando ver Jesus: como admirador ou seguidor? Em que a minha vida diária reflete esta busca?

– Como estão os frutos do meu seguimento? Que reflexão a minha colheita me traz?

Peçamos ao Senhor a graça de deixar-nos iluminar por Ele e reorientar nosso comportamento, de forma a melhor segui-lo e a colher os frutos que Ele deseja que a nossa vida dê, em meio a um contexto de tantas contradições!

Tania Pulier, comunicadora social – Palavra Acesa Editora – Família Missionária Verbum Dei