O amor leva à escuta, a escuta fecunda o amor (Jo 14,21-26)
4 de maio de 2015Ramos na videira do amoroso Agricultor (João 15,1-8)
6 de maio de 2015“– Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo. Vocês ouviram o que eu disse: ‘Eu vou, mas voltarei para ficar com vocês.’ Se vocês me amassem, ficariam alegres, sabendo que vou para o Pai, pois o Pai é mais poderoso do que eu. Digo isso agora, antes que essas coisas aconteçam, para que, quando acontecerem, vocês creiam. Não posso continuar a falar com vocês por muito tempo, pois está chegando aquele que manda neste mundo. Ele não tem poder sobre mim; mas o mundo precisa saber que eu amo o Pai e que, por isso, faço tudo o que ele manda.”
“A paz que é tão sonhada, cantada em canções tão lindas, só chegará até nós quando ouvirmos a voz do Senhor”. A letra desta canção pode nos ajudar a iniciar a nossa oração. O Senhor Ressuscitado nos oferece a Sua paz. Que paz é esta? “É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá.” Qual é a paz que o mundo oferece? Podemos refletir sobre as ofertas que mais nos seduzem. São tantas! A paz de negar limites e dificuldades, negar o sofrimento e a dor, adiar e mascarar o envelhecimento, negar a morte. A paz do entretenimento, de não pensar, se perder no excesso de informações e chamativos. A paz do prazer e da diversão, do WhatsApp e das redes sociais. A paz de correntes de mensagens, de orações, de palavras prontas que apenas mantém a ordem vigente, mais alienam que transformam. A paz do dinheiro, do poder, do sucesso. Que paz é essa? E o que ela traz verdadeiramente?
E perguntar ao Senhor: Jesus, qual é a paz que você dá? Qual é a Sua paz? Que paz é essa de um Ressuscitado Crucificado, de um Crucificado Ressuscitado? Que paz vem do Seu Mistério Pascal, da passagem da morte para a vida? Que paz de Alguém que na Vida plena traz e mostra as marcas dos pregos, da injustiça, da dor, da humilhação, do sofrimento? Que paz é essa que inquieta, não deixa acomodar, que chama a ir a mais e mais? Que paz de Alguém que continua sofrendo no Seu Corpo, na humanidade, e nos chama a unir-nos a Você aí?
O que sinto diante desta paz? Muitas vezes ela nos dá medo, e preferimos nos esconder. É bom colocar nossos sentimentos ao Senhor diante do desafio a que a Sua paz nos chama. E deixá-lo dizer ao nosso coração: “Não fiquem aflitos, nem tenham medo”. E Jesus nos promete Sua presença constante, promete ficar conosco para que possamos viver esta desafiadora paz.
E vivê-la como Ele viveu: “Aquele que manda neste mundo não tem poder sobre mim; mas o mundo precisa saber que eu amo o Pai e que, por isso, faço tudo o que ele manda.” Sobre nós, muitas vezes, as forças deste mundo têm poder sim. Quais são elas e que influência exercem sobre a nossa vida? Como nos prendem? Como criam dependências em nós?
Aprender com Jesus, perguntar a ele: “Senhor, e como não tinham poder sobre você? Como, mesmo te prendendo, te açoitando, te humilhando e te matando não tiraram a sua obediência ao Pai, não mudaram o Seu sim, não te fizeram sair do caminho do Amor?
Pedir ao Senhor que nos dê a Sua paz e nos ajude a acolhê-la e vivê-la, a optar pelo amor, pelo sim ao Pai, saindo da influência dos outros poderes.
Tania Pulier, comunicadora social – Palavra Acesa Editora – Família Missionária Verbum Dei e pré-CVX Cardoner