Abençoado encontro (Lucas 1,39-45)
21 de dezembro de 2015“O nome dele vai ser João”
23 de dezembro de 2015Leitura: Lucas 1, 46-56
Então Maria disse:
— A minha alma anuncia a grandeza do Senhor. O meu espírito está alegre por causa de Deus, o meu Salvador. Pois ele lembrou de mim, sua humilde serva! De agora em diante todos vão me chamar de mulher abençoada, porque o Deus Poderoso fez grandes coisas por mim. O seu nome é santo, e ele mostra a sua bondade a todos os que o temem em todas as gerações. Deus levanta a sua mão poderosa e derrota os orgulhosos com todos os planos deles. Derruba dos seus tronos reis poderosos e põe os humildes em altas posições. Dá fartura aos que têm fome e manda os ricos embora com as mãos vazias. Ele cumpriu as promessas que fez aos nossos antepassados e ajudou o povo de Israel, seu servo. Lembrou de mostrar a sua bondade a Abraão e a todos os seus descendentes, para sempre.
Maria ficou mais ou menos três meses com Isabel e depois voltou para casa.
Oração:
Muito provavelmente, Maria não deu uma resposta desse tamanho e com tanta revisão histórica e profecia a Isabel. Lucas, porém, olhando para a vida de Maria, que desde o início confiou e teve em sua vida cumprida a Palavra à qual deu seu Sim, ao escrever sobre os primórdios, quer nos dizer que Maria confiou completamente desde o começo.
A oração de hoje é um convite à confiança plena. É um convite a imitar Maria em sua segurança a respeito do futuro, mesmo quando Deus nos fala de acontecimentos improváveis. É um convite a crer que, apesar de tantas evidências do contrário, o plano d’Ele se cumprirá.
Jesus está se formando no útero de Maria e fez pular João Batista, que se desenvolvia no de Isabel. Que poder tem a vida de Deus, mesmo que invisível, discreta, pequena, ainda semente! Maria entendeu isso e, assim, pôde dar graças…
E nós? Qual é o nosso “magnificat”? Queremos declamar um poema de amor e gratidão quando vemos a vida de Deus que nasce em nós? Ou nem vemos essa vida? Será que a aparente pequenez, fragilidade e simplicidade da vida divina em nós nos faz pensar que essa vida nem existe? Ou que essa vida é impotente?
Dou graças a Deus pelo combate que fazemos à corrupção, que tem sempre menos espaço e é sempre mais conhecida e punida. Dou graças a Deus porque os jovens têm educação cada vez melhor. Dou graças a Deus porque há a luta pela paz, embora haja guerra. Dou graças a Deus porque as diferenças são respeitadas. Dou graças a Deus porque não se morre mais de fome por aqui. Dou graças a Deus porque a natureza é respeitada. Dou graças a Deus…
Meu “magnificat” parece um poema ingênuo, desinformado ou cínico, mas é só um poema de confiança. No Natal, declamemos nossa confiança de que a semente do Reino, pequena e escondida, é prelúdio incontrolável e inevitável de árvores frondosas do Amor.
João Gustavo H. M. Fonseca, Família Verbum Dei de Belo Horizonte