Jesus:caminho, verdade e vida (Jo 11,45-56)
8 de abril de 2017Amor que dá a vida.
10 de abril de 2017“Escuta o meu grito, ó Senhor!
Ouve o meu pedido de socorro”
Sl 130.2
PREPARAÇÃO ESPIRITUAL
Espírito de Deus,
presente nos últimos momentos
da vida de Jesus
e em sua morte injusta.
Animando sua vontade de prosseguir
até às últimas consequências
para manter a fidelidade ao Pai.
Espírito Santo,
fortalece nosso caminhar
no sofrimento, na perseguição,
na incompreensão ou no martírio.
Anima-nos em todo lugar e tempo,
sustenta a vontade de seguir Jesus
aceitando os conflitos, os desafios
e as consequências de seu caminhar e de sua cruz.
TEXTO BÍBLICO: Mateus 21.1-11
Jesus entra em Jerusalém
Marcos 11.1-11;Lucas 19.28-40;João 12.12-19
1Quando Jesus e os discípulos estavam chegando a Jerusalém, pararam no povoado de Betfagé, que fica perto do monte das Oliveiras. Dali Jesus enviou dois discípulos na frente, 2com a seguinte ordem:
— Vão até o povoado que fica ali adiante e, logo que vocês entrarem lá, encontrarão uma jumenta presa e um jumentinho com ela. Desamarrem os dois e os tragam aqui. 3Se alguém falar alguma coisa, digam que o Mestre precisa deles. Assim deixarão vocês trazerem logo os animais.
4Isso aconteceu para se cumprir o que o profeta tinha dito:
5“Digam ao povo de Jerusalém:
Agora o seu rei está chegando.
Ele é humilde e está montado
num jumento
e num jumentinho, filho de jumenta.”
6Então os discípulos foram e fizeram o que Jesus havia mandado. 7Levaram a jumenta e o jumentinho, jogaram as suas capas sobre eles, e Jesus montou. 8Da grande multidão que ia com eles, alguns estendiam as suas capas no chão, e outros espalhavam no chão ramos que tinham cortado das árvores. 9Tanto os que iam na frente como os que vinham atrás começaram a gritar:
— Hosana ao Filho de Davi!
Que Deus abençoe aquele que vem
em nome do Senhor!
Hosana a Deus nas alturas do céu!
10Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade ficou agitada, e o povo perguntava:
— Quem é ele?
11A multidão respondia:
— Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia.
1. LEITURA
Que diz o texto?
ü Algumas perguntas para ajudá-lo em uma leitura atenta…
A que lugar, perto de Jerusalém, haviam chegado? O que Jesus pediu a seus discípulos? Que profecia estava escrita e devia cumprir-se? O que as pessoas estendiam no chão? Quem gritava “Hosana ao Filho de David?” Quando entrou em Jerusalém, o que o povo se perguntava? O que a multidão respondia?
Algumas pistas para compreender o texto:
Para nossa reflexão a respeito do evangelho da procissão de Ramos (palmeiras), vamos concentrar-nos na pergunta que está quase no final desta parte do evangelho: “Que é ele?” (Mt 21.10).
É o Senhor (vv. 1-6): os discípulos obedecem a ordens do Mestre que lhes indica como deviam preparar seu retorno a Jerusalém. Com autoridade, solicita aos discípulos que arranjem um jumentinho que ele montará, enquanto eles próprios colocam suas capas em forma de sela.
É Profeta e cumpridor das profecias (vv. 5-10): Mateus apresenta Jesus com a ênfase do Messias esperado; por esse motivo, cita o profeta Zacarias (9.9). Este evangelho é o único que apresenta o detalhe dos dois jumentos, visto que em Marcos (11.1-11) e Lucas (19.28-38), somente o jumentinho é desamarrado. No final, apresenta Jesus como o “profeta de Nazaré”, mostrando como muita gente já o reconhecia amplamente, devido a todo o seu ministério.
Um rei diferente (vv. 7-11): A multidão recebe Jesus com as mesmas palavras do Salmo 118 e com gestos de reverência e de respeito, como estender ramos e capas, recebendo-o como verdadeiro Rei-Messias, já que estes eram alguns dos sinais que distinguiam a chegada do rei à cidade: daquela maneira é que era recebido quando voltava de alguma batalha ou viagem real.
Jesus, porém:
- Não tem um elegante corcel particular, mas um jumentinho emprestado;
- Não conta com um exército, mas com seus discípulos e outros seguidores que, em vez de defendê-lo, acompanham-no;
- Não está voltando a Jerusalém depois de uma batalha, mas depois de pregar o Reino de Deus.
Todos estes elementos continuam a dar motivos aos que queriam a morte de Jesus, a quem não conseguiam ver como o Messias que esperavam, mas como alguém que estava ganhando o afeto das pessoas e tinha um modo de pensar diferente daquele que eles desejavam que todos os judeus tivessem.
3. MEDITAÇÃO
O que o Senhor me diz no texto?
Chegada a Semana Santa, reconhecemos Jesus como o verdadeiro Salvador de nossas vidas. O Evangelho, além de lembrar sua entrada triunfante, convida-nos a que não seja apenas a vivência de uma semana, mas que lhe demos prioridade essencial em todos os momentos e aspectos de nossas vidas. Na oração de ação de graças, ao começar um trabalho ou em uma situação muito difícil, devemos dar-lhe a conhecer que o aceitamos como o Filho de Deus, o Salvador.
São João Paulo II aprofunda nossa meditação com as seguintes palavras: “O Domingo de Ramos, no qual a Igreja lembra a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém, é como um pórtico solene que conduz à Semana Santa. Contemplando este dia em chave de espiritualidade litúrgica, podemos considerá-lo, de certo modo, presente em toda celebração eucarística. De fato, assim como em seu momento, constituiu o umbral dos acontecimentos da semana pascal de Cristo, de igual modo representa constantemente a entrada para o mistério eucarístico. Mais ainda, o limiar mesmo da liturgia (…).
“Em certo sentido, pode-se dizer que a ‘jornada da juventude’ começou a ser tal já desde o princípio, desde o dia que hoje comemoramos, quando os jovens de Jerusalém saíram ao encontro de Cristo que entrava na cidade, manso e humildade, montado em um asno, segundo a profecia de Zacarias (cf. Zc 9.9). Saíram a saudá-lo e a acolhê-lo com as palavras do salmo: ‘Que Deus abençoe aquele que vem em nome do Senhor’(Sl 117.26).
“Cristo não se esquece. Recorda tudo o que aconteceu naquela ocasião. E também os jovens se lembram. Cristo é fiel, como também os jovens sabem ser fiéis a quem neles confia.
“Os jovens voltam, ano após ano, a este encontro, nascido de seu incontido entusiasmo por Jesus e pelo Evangelho. Assim, teve início uma peregrinação que atravessa as dioceses do mundo inteiro e, a cada dois anos, converge em um grande encontro internacional, construindo pontes de fraternidade e de esperança entre os continentes, os povos e as culturas. Trata-se de um caminho sempre por fazer, como a vida. Como a juventude”.
Continuemos nossa meditação com estas perguntas:
Permito que outros “deuses” reinem em minha vida? Animo outros jovens a encontrar-se com Jesus e a estender sua vida diante dele? Conheço outros jovens que me dão testemunho de uma vida entregue a Deus, e procuro crescer com eles? Como é minha vivência espiritual durante a Semana Santa? Sei o que são as Jornadas Mundiais da Juventude?
3. ORAÇÃO
O que respondo ao Senhor me fala no texto?
Tu és, Jesus, a Pedra angular que outros rejeitam;
hoje és cimento onde se mantém em pé tua Igreja;
nós admiramos a obra maravilhosa de tuas mãos
e exultamos de alegria ao saber-nos cimentados em tua vida.
O amor de Deus alegra nosso coração, aleluia!
Com ramos na mão, aclamamos-te, ó Cristo, Salvador do homem.
Com aclamações e cantos te dizemos: És Caminho, Verdade e Vida!
Vem conosco ao campanário, anima nossa caminhada;
desde o nascer do sol até o seu ocaso, sê tu nosso Guia.
4. CONTEMPLAÇÃO
Como ponho em prática, em minha vida, os ensinamentos do texto?
“Bendito és tu, que vens em nome do Senhor!”.
5. AÇÃO
Com que me comprometo para demonstrar mudança?
Assumo o compromisso de estar atento, entender e transcender espiritualmente cada celebração de que eu participar durante a Semana Santa.
“Em vez de mantos ou ramos sem vida,
em vez de folhagens, prostremo-nos aos pés de Cristo!”
Santo André de Creta