“Eu vi o Senhor!”
22 de julho de 2022“…Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e para quem bate se abrirá…”
24 de julho de 202223/07/2022 – Mt 13,24-30
“Deixai crescer um e outro até a colheita”
Leitura. O que diz o texto?
Jesus conta outra parábola sobre o Reino dos Céus. Alguém que semeia uma boa semente de trigo no campo e depois percebe que está crescendo junto com o trigo uma erva daninha, o joio, que outro semeou. Na fase inicial, o trigo e o joio são muito parecidos e a diferença fica mais evidente somente mais tarde, quando atingem a idade adulta. Talvez por isso o patrão não deixou que seus empregados tentassem tirar o joio na fase inicial, para evitar arrancar também o trigo.
Meditação. O que Deus nos diz através desse texto?
O mistério do mal, que nos segue pelos caminhos tortuosos da vida, é um desafio para o homem e mulher de fé. Quando o evangelista Mateus escreve o texto, por volta dos anos 80d.C., provavelmente o imperador Tito e seu exército já tinham destruído Jerusalém e os cristãos vindos do judaísmo talvez se perguntavam sobre o mal imperando por parte do Império e dos fariseus que perturbavam a fé das comunidades. Precisaram perceber que a paciência de Deus é a solução definitiva para o mal. Talvez alguns até se frustraram com a tolerância de Deus, assim como Jonas se revoltou contra ele porque não destruiu o povo de Nínive (Jn 4,1-2).
Oração. O que o texto me faz dizer a Deus?
“Senhor, manso e humilde de coração, fazei meu coração semelhante ao vosso”. Que eu “tenha os mesmos sentimentos e pensamentos de Cristo” (Fl 2,5).
Contemplação. O que o texto faz em mim?
Diante do mal eu não quero multiplicar o ódio. A Palavra de Deus me inspira a “vencer o mal com o bem” (Rm 12,21) e não deixar que o mal me vença. Assim a espiral da violência poderá ser cortada.
O que o texto me sugere a viver?
Todos nós temos joio e trigo dentro de nós e muito “joio” a ser queimado. A tentação é imaginar que somos “cidadãos de bem” isentos de pecado e sem necessidade nenhuma de conversão.
Diác. Glêvison Felipe Lourenço de Sousa*
*Diácono permanente da Arquidiocese de Belo Horizonte, MG. Pós-graduado em Sagrada Escritura pelo Claretiano – Centro Universitário. Colaborador e residente na Paróquia São José – Vespasiano MG, Brasil