Lectio Divina de 21 de junho de 2022.

Terça-feira da 12ª semana do Tempo Comum.

Mt 7,12-14

“Como é estreita a porta e apertado o caminho que conduz à vida” (Mt 7,14)

Inicie com breve momento para acalmar o coração e todo seu ser. Respire fundo. Sinta cada inspiração. Se desejar diga, a cada inspiração, o nome de Jesus. Perceba o ar entrando nos pulmões, as batidas de seu coração.

Invoque a Trindade Santa: em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Invoque o Espírito Santo de Deus, com um canto que conheça dedicado ou uma oração espontânea.

O objetivo da Lectio Divina é nos levar a um encontro com Deus através da Palavra. E, com isso, nos levar a maior intimidade com Ele, com a sua Palavra, e maior conhecimento de ambos. O texto de hoje é continuação do Sermão da Montanha, no capítulo 7 de Mateus.

Leitura: O que o texto diz?

Nesse passo o objetivo é identificar, conhecer o que o texto diz. Para isso é necessário identificar personagens, diálogos, ações, comentários do narrador, ensinamentos de Jesus.

Como se trata de um discurso de Jesus, temos, no texto de hoje, apenas algumas afirmações de Jesus. Jesus, nesse texto, dá continuidade à sabedoria já existente nas escrituras, ressoando o que vários textos bíblicos diziam. Ele é mestre de sabedoria.

Faça, em voz alta, devagar, a leitura de Mt 7,12-14.

Agora, releia o texto, silenciosamente, bem devagar, reparando em cada palavra, em cada frase o que está sendo dito.

Meditação: o que o texto me diz?

A meditação é identificar o que o texto lhe diz. Que Deus lhe diz através do texto. Isso pode ser feito de diversas formas. Identificando as palavras que mais lhe chamaram a atenção, ou versículos, situações.

Outra maneira é interrogar o texto. E meditando a partir dessas interrogações. Como é um sermão, um discurso de Jesus, é ele quem fala no texto. Há duas afirmações distintas no texto.

Jesus repete, em 7,12, o que é chamado de “regra de ouro”. O que lhe diz a afirmação de que se deve fazer aos outros o que gostaria ou outros lhe fizessem?

A seguir, Jesus fala sobre dois caminhos, tema presente como o primeiro do livro de Salmos. O que a afirmação de Jesus, sobre as portas largas do caminho de perdição lhe diz? E sobre a porta estreita do “caminho que conduz a vida”, o que lhe diz? Este simbolismo de “porta larga” e porta estreita pode lhe dizer algo?

Contemplação: o que Deus me faz sentir, experienciar?

Nesse passo se dá ao Senhor um tempo de silêncio. Nele contemplamos a palavra lida-ouvida, meditada.  Que ela possa ecoar em nós, no silêncio, e Deus no possa falar, rezar em nós, em nosso interior, em nosso sentimento, memória, em nosso coração. E essa fala orante de Deus, em nosso coração, pode semear, em nossa vontade, a vontade dele.

Permaneça em silêncio um certo tempo. Deixe Deus orar em você.

Oração. O que respondo a Deus?

Chegou o momento de responder a Deus, de responder ao que ele lhe falou no que você leu, meditou, contemplou. A resposta acontece na oração.

Fale a Deus, com intimidade como a um amigo. Abra o que sente no coração. É momento de agradecer, louvar, pedir, mostrar-se por inteiro nessa conversa com o Senhor. Conversa íntima, de coração aberto.

Ação. O que o texto me solicita a agir?

Fé tem que ser testemunhada na vida. Vida não pode ser incoerente com a fé. A palavra de Deus é sua mensagem, ensinamento para a nossa vida. Ela é capaz de nos transformar, em nossa fé, em nosso íntimo, e com isso semear, em nossa vontade, sementes da vontade de Deus, que nos leva a testemunhar a fé que cremos.

O texto lhe solicita algum compromisso? Alguma ação em sua vida de fé? De comunidade, de família, trabalho, estudo? Enfim em todas as dimensões de sua vida? Lhe solicita alguma ação concreta?

Manifeste ao Senhor a sua gratidão.

Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

Marco Antonio Tourinho – teólogo leigo, Instituto Nova Jerusalém.