‘José, Filho de Davi, não tenhas medo’
18 de dezembro de 2021Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.
20 de dezembro de 2021Domingo, 19 de dezembro de 2021.
Lc 1, 39-45 – Bem-aventurada aquela que acreditou.
- Leitura: O que o texto diz?
O texto do Evangelho de Lucas do quarto domingo do Advento narra o episódio da visitação de Maria à sua prima Isabel. Logo após receber o anúncio do anjo Gabriel, Maria parte apressadamente para Judeia e vai até a casa de Zacarias e Isabel. Ao entrar, aquela família toda se alegra e é inundada pelo Espírito Santo, a ponto de até a criança no ventre de Isabel pular de alegria. Então Isabel proclama Maria “bendita entre as mulheres e bendito o fruto de seu ventre”, porque Maria acreditou nas palavras do anjo Gabriel, que traziam o anúncio da realização das promessas de Deus.
- Meditação: O que o texto me diz?
Podemos recolher muitas lições e ensinamentos importantes desse encontro de Maria com Isabel. Primeiramente a Virgem Maria soube sair de si mesma para ir ao encontro daquela que estava precisando de ajuda. E saiu sem se preocupar com as dificuldades do caminho. Em seguida, como consequência dessa saída, aconteceu um encontro cheio de alegria e da presença do Espírito Santo. Então Isabel proclamou Maria como bem-aventurada porque ela acreditou, teve fé, aderiu ao projeto de Deus. O Catecismo da Igreja Católica (n. 2676) nos ensina que:
Repleta do Espírito Santo, Isabel é a primeira na longa série das gerações que declaram Maria bem-aventurada. “Feliz aquela que creu”: Maria é “bendita entre as mulheres” porque acreditou na realização da palavra do Senhor. Por sua fé, Maria se tomou a mãe dos que crêem, porque, graças a ela, todas as nações da terra recebem Aquele que é a própria bênção de Deus: “Bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”.
Portanto, a fé é o motivo mais verdadeiro da grandeza de Maria e da sua bem-aventurança. A fé é o centro de toda a história de Maria, sua fé traduziu-se em gestos concretos, como a saída para ir ao encontro de Isabel. E essa sua fé tornou-se modelo para todos nós.
- Oração: O que o texto me faz dizer a Deus?
Senhor, queremos olhar para a fé de Maria e aprender com ela a aderir ao teu projeto de amor a cada dia. Não queremos guardar para nós a alegria de tua presença e de tua ação em nossas vidas, mas queremos sair e ir ao encontro dos outros espalhando a alegria de crer. Que nossa fé se transforme em obras de amor ao próximo, que por onde formos levemos também a presença trinitária, única presença capaz de realmente levar a alegria aos corações.
- Contemplação: O que Deus, através do texto, faz em mim?
O Senhor nos enche do desejo sincero de aumentar cada vez mais a nossa confiança em seus projetos, como Maria fez, pois só assim seremos bem-aventurados. Além disso, olhando para a cena na visitação somos motivados a acolher em nossos corações, em nossas casas e em nossas vidas a mãe de Jesus, pois aonde Maria vai, ela leva seu Filho Jesus e a alegria do Espírito Santo. Como Isabel, exclamamos jubilosos: “Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?
- Ação: O que o texto me impulsiona a fazer?
A partir desse Evangelho somos impulsionados a colocar-nos a caminho dos outros, ao lado de Maria, para encurtar distâncias, levando a alegria que brota da fé. E como diz o Papa Francisco:
“Uma fé fecunda em caridade, capaz de se incomodar para encarnar a pedagogia do Deus que sabe fazer de sua aproximação uma identidade, um nome, uma missão: e ele se chamará Emanuel”.
– Flávia Carla Nascimento (Instituto Secular Servas de Jesus Sacerdote) – coordenadora Diocesana da Animação Bíblico-Catequética da Diocese de Ponta Grossa (PR) e integrante da Equipe Regional da Animação Bíblico-Catequética do Regional Sul II.