É meu irmão (Mateus 5,38-42)
16 de junho de 2014Vida escondida em Deus (Mateus 6,1-6; 16-18)
18 de junho de 2014“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo, e odeie o seu inimigo!’ Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos, e rezem por aqueles que perseguem vocês!
Assim vocês se tornarão filhos do Pai que está no céu, porque ele faz o sol nascer sobre maus e bons, e a chuva cair sobre justos e injustos.
Pois, se vocês amam somente aqueles que os amam, que recompensa vocês terão? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? E se vocês cumprimentam somente seus irmãos, o que é que vocês fazem de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa?
Portanto, sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está no céu.”
Vivenciar esta oração de hoje num clima de muito amor diante do Pai. Colocar-nos às claras à Sua luz, inteiros, com sinceridade, abertura de coração, expressando nossos sentimentos e resistências, mas também suplicando-lhe que nos dê o amor que nos convida a viver. Colocar-nos na intimidade com o Pai, trazendo nossos irmãos: os amigos e os inimigos. Talvez não os tenhamos, mas certamente temos aquelas pessoas a quem mais nos custa amar. Trazê-las diante do Pai na nossa oração, com todos os sentimentos que nos provocam.
“Se vocês amam somente aqueles que os amam, que recompensa vocês terão? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa?” Sim, fazem. Porque amar os que nos são amáveis, os que não se contrapõem a nós, os que dão vontade é fácil. É natural. Nossa psyché está feita para amar por afinidade. Não dependemos da fonte do amor para isso, é quase instintivo.
Mas o chamado de Jesus não é este. O chamado é: “Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos, e rezem por aqueles que perseguem vocês!” Aí a coisa complica. Aí nos supõe ultrapassar sentimentos, resistências, até motivos concretos para não amar. Aí dependemos da Fonte do Amor, um amor incondicional que não vem de nós mesmos.
E qual o motivo de desejar viver um chamado tão difícil do Amor? “Assim vocês se tornarão filhos do Pai que está no céu, porque ele faz o sol nascer sobre maus e bons, e a chuva cair sobre justos e injustos.” Viver A Vida plena de filhos de Deus, que Jesus nos deu e ensinou, e que o Pai sonha para nós. Ver-nos diante do Pai nesta relação filial e experimentar desde a oração esta filiação. É só isto – é tudo isto – a recompensa, o presente que Ele nos convida a desembrulhar e desfrutar. “Vejam que prova de amor o Pai nos deu: sermos chamados filhos de Deus. E nós de fato o somos!” (1 Jo 3,1)
E o Pai, que quer a Sua Vida para nós, nos chama pelo Filho: “Sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está no céu.” Peçamos que Ele nos dê o Seu amor para amar.
Tania Pulier, comunicadora social – Palavra Acesa Editora – Família Missionária Verbum Dei e pré-CVX Cardoner