“Procure descobrir, por você mesmo, como o Senhor Deus é bom.”
12 de agosto de 2018Mateus 18,21-19,1
16 de agosto de 2018Evangelho: Mateus 18,15-20
“— Se o seu irmão pecar contra você, vá e mostre-lhe o seu erro. Mas faça isso em particular, só entre vocês dois. Se essa pessoa ouvir o seu conselho, então você ganhou de volta o seu irmão. Mas, se não ouvir, leve com você uma ou duas pessoas, para fazer o que mandam as Escrituras Sagradas. Elas dizem: ‘Qualquer acusação precisa ser confirmada pela palavra de pelo menos duas testemunhas.’ Mas, se a pessoa que pecou não ouvir essas pessoas, então conte tudo à igreja. E, se ela não ouvir a igreja, trate-a como um pagão ou como um cobrador de impostos.
— Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o que vocês proibirem na terra será proibido no céu, e o que permitirem na terra será permitido no céu.
— E afirmo a vocês que isto também é verdade: todas as vezes que dois de vocês que estão na terra pedirem a mesma coisa em oração, isso será feito pelo meu Pai, que está no céu. Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Reflexão:
Na oração de hoje, peçamos ao Pai a graça de viver o amor fraterno em comunidade.
Temos uma dificuldade enorme de dialogar! Quando alguém nos faz algo ou nos sentimos magoados por qualquer motivo, como nos custa fazer o que Jesus nos diz neste Evangelho: procurar a pessoa e conversar.
Contemplar o passo a passo que esse trecho nos coloca a partir do contexto das primeiras comunidades, que não estava mergulhada na cultura individualista como a nossa, mesmo na prática religiosa. Primeiro a conversa pessoal, que não tinha o intuito de acusar, mas de trazer o irmão de volta. Depois, com mais uma ou duas pessoas, também interessadas na vida plena deste irmão. Em seguida, era levado à igreja, ou seja, à comunidade. É uma visão de que estamos todos em comunhão; os gestos de um afetam, sim, o conjunto. Quando ele não ouvia sequer a comunidade, o que significa que era tratado como um pagão? No Evangelho de Mateus, havia três graus: multidão – discípulos – apóstolos. Voltar à multidão é necessitar novamente do primeiro anúncio, da primeira acolhida, da experiência de misericórdia que restaura, do chamado aberto a recomeçar.
Como às vezes acontece entre nós? A dificuldade de escutar nossos próprios sentimentos influencia a barreira de estabelecer um diálogo. Quando falamos com mais alguém, é para incluir ou excluir o irmão que cometeu algo contra nós? E quando vai parar na comunidade, “na boca do povo”, em que sentido isso ocorre? Ao final, como estamos nós, o irmão e o coletivo?
Refletimos sobre a comunidade, como podemos refletir também sobre a família ou o ambiente de estudo e trabalho. De fato e com fatos concretos, nos reunimos em nome de Jesus, em nome de um amor maior, um propósito maior que nos une e se faz presente entre nós quando estamos juntos?
Peçamos ao Espírito a graça da conversão à misericórdia, ao perdão e à paz.
Tania Pulier, esteticista da alma, membro da CVX Cardoner e da Família Missionária Verbum Dei