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Amarás o teu próximo como a ti mesmo
Leitura: O que o texto diz?
Um mestre da Lei pergunta a Jesus qual é o primeiro de todos os mandamentos. Ele (Jesus) responde utilizando-se daquilo que dizia a própria Lei: “Amarás o senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força” (Dt 10,12) e acrescentou que o segundo mandamento que está vinculado ao primeiro é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” e finaliza enfatizando que não existe mandamento maior do que estes. O mestre da Lei, admirado, concorda reafirmando o que Jesus acabara de dizer, complementando sua fala afirmando que amar a Deus incondicionalmente e verdadeiramente é melhor do que todos as ofertas e sacrifícios. E Jesus, vendo inteligência em suas palavras, finaliza o diálogo dizendo: “Tu não estás longe do reino de Deus”.
Meditação: O que Deus me diz através desse texto?
Hoje mais uma vez Jesus mostra tanto para o povo judeu, como também para nós, que seu intuito não é modificar os mandamentos, mas sim elucidar o seu real sentido, dando ênfase em pontos específicos, de acordo com a necessidade. Ao destacar que devemos cultivar um amor incondicional e verdadeiro à Deus e amar o nosso irmão como a nós mesmos, Jesus quer enfatizar que nenhuma oferta e sacrifício é verdadeiramente válido se estes não forem feitos por amor e com amor. A crítica é justamente essa: Muitos judeus da época cumpriam toda a Lei, mas não a viviam e nem a testemunhavam plenamente, cumpriam apenas por uma questão de preceito, dessecando completamente o objetivo da Lei de Deus. Hoje Jesus nos convida a sairmos da dimensão do rito pelo rito, porque somente isso é algo vazio e sem sentido. A palavra de Deus somente é plenificada quando damos testemunho através de nossas atitudes para com nossos irmãos e irmãs, pois “Quem diz amar a Deus e odeia o seu irmão, é um mentiroso” (Jo 4,20).
Oração: O que o texto me leva a dizer?
Diante do que foi lido e apresentado na meditação, somos convidados nesse momento a nos colocarmos em oração. Peçamos a Deus a graça de sermos fieis aos seus mandamentos, principalmente a esses dois que hoje mais uma vez nos é apresentado: Amar a Deus incondicionalmente e o nosso irmão como a nós mesmos. Que as nossas atitudes sejam reflexo de uma frutuosa vida de oração com a palavra de Deus, preenchida pelo seu amor e pela sua misericórdia. E assim como o salmista, digamos: “Senhor, tu és um Deus compassivo e misericordioso, rico em amor e fidelidade” (Sl 86,15).
Contemplação: O que o texto faz em mim?
Coloquemo-nos sob o olhar de Deus e deixemos que ele fale e aja em nossas vidas. “Deus é amor” (1 Jo 4,8), abramos o nosso coração para que ele, a personificação do amor, nos capacite para amar, assim como somos amados por Ele.
Ação: O que o texto me sugere a viver?
Alimentados pela palavra de Deus, somos motivados a sermos perseverantes na dimensão do amor à Deus e aos nossos irmãos e irmãs. Busquemos cotidianamente regar o nosso coração através da oração, para que sejamos canais do amor de Deus onde quer que estejamos.
Francisco Herbert Ferreira de Lima – Leigo consagrado do Instituto religioso Nova Jerusalém