Ir além das velhas leis
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16 de junho de 2021Terça-feira – 15/06 – Terça-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
Mt 5, 43-48 – Amar mais do que aqueles que nos amam
Leitura: o que o texto diz?
O trecho que hoje meditamos traz mais um exemplo de Jesus de como sua proposta de justiça se difere do modo como os mestres da Lei e fariseus a dizem viver. De modo explícito, Ele fala sobre a vivência do amor. Diferentemente do que estava na tradição escrita e oral do povo de seu tempo, Jesus deixa como mandamento viver o amor tendo como referência o amor de Deus, que não se limita aos mais próximos, àqueles com quem compartilhamos a origem, os hábitos, as crenças, mas se abre a todos, se torna perfeição do Amor.
Meditação: o que o texto me diz?
Este texto bíblico apresenta para nós a novidade do amor cristão. Não se trata de uma repetição de tudo o que já se havia falado sobre o amor e nem tampouco de uma lógica de reciprocidade, praticada e recomendada até mesmo pelos que não acolhem o Evangelho. A prática do amor plenifica em ação tudo o que Jesus apresentou sobre a seu itinerário de vivência que são as Bem-Aventuranças. Feliz é quem ama como Deus ama.
Oração: o que o texto me faz dizer?
Amar é bem mais que simplesmente retribuir o amor recebido. Amar é ser capaz de abraçar com a oração e o bem querer inclusive os inimigos e perseguidores. Senhor, dai-nos a graça de experimentarmos o vosso amor para que transformados por ele possamos também amar a todos nesta medida que não tem medidas, nesta dimensão de amor de Pai que não tem limites.
Contemplação: o que o texto faz em mim?
A Palavra de Deus quer ampliar a nossa forma de amar, alargando nosso coração para que ultrapasse as fronteiras do amar quem nos ama para simples e plenamente amar. Deste modo, o texto provoca em nós um processo de reeducação para a vivência do amor Cristo.
Ação: o que posso fazer do texto?
“Eu te amo” é frase exposta em vitrines, roupas, faixas, mensagens digitais. Porém a proposta de Jesus vai bem além disso. É preciso estampar em nós, em nossa existência esta frase. Fazermos do “eu te amo” mais que uma frase e compreender que declarações de amor podem ser ditas, mas, principalmente, devem ser vividas. Amar os inimigos e rezar pelos que nos perseguem: isso é viver como Jesus viveu.
* Pedro Henrique Mendonça Fernandes – catequista coordenador diocesano da Catequese na Diocese da Campanha/MG