Sexta-feira, 26/03:

5ª SEMANA DA QUARESMA – Jo 10,31-42

Leitura:

Procure ler o texto lentamente, atento a cada palavra e expressão. Guarde o trecho que mais lhe chamar a atenção.

Continuamos acompanhando Jesus a caminho de sua entrega, segundo a narrativa de João. Os judeus estão atrás de Jesus para apedrejá-lo e o motivo, agora, fica claro: eles não vão contra as ações de Jesus, mas apegaram-se à dita blasfêmia de Jesus. Para eles, a autoafirmação de Jesus sobre sua filiação divina é uma ameaça à fé no Deus único. Jesus se justifica mostrando que o caminho que ele seguiu em seu ministério é um caminho inevitável: ele é Filho de Deus.

Meditação:

O que o texto diz para mim, hoje, a partir da situação pela qual tenho passado (minhas alegrias, tristezas, desafios, conquistas)?

Em quantas situações da minha vida eu fui capaz de condenar alguém por suas boas ações? Pode parecer vil, mas é um risco que muitos de nós corremos? Quando, por inveja, eu tentei silenciar as boas ações de alguém? Quando eu tive oportunidade de agir como Jesus, mas não agi? Quando foi que ignorei minha própria identidade de discípulo de Jesus e agi segundo a lógica da sociedade? Quando neguei amor aos meus irmãos? Nessas situações, não tive a coragem de Jesus, de mostrar que vim da parte de Deus, desejo ser discípulo, e por isso vivo uma lógica diversa da lógica vigente no meu tempo.

Oração:

A partir da Palavra meditada, apresente ao Senhor a gratidão de seu coração e também seus pedidos.

Senhor, peço que abras meus ouvidos constantemente à vossa escuta a tenta e me dê sabedoria em todas as situações da vida, para que, como vosso Filho, eu saiba aproveitar cada segundo para edificar o vosso Reino através de sinais verdadeiros de amor. que eu não tema o julgamento dos outros, nem me deixe levar pela facilidade de agir segundo as lógicas da nossa sociedade. Senhor, dá-me forças e sabedoria para agir conforme os vossos exemplos e ensinamentos, sendo coerente com o Evangelho e com o discipulado, que é minha escolha diária.

Contemplação:

A palavra meditada precisa também tornar-se ação. Como viver o que meditamos em nossa vida?             Pense em ações concretas que possam surgir da meditação do dia de hoje.

Que possamos pensar em quais situações temos sido intimidados por aquilo que é vigente no nosso tempo, pelo que já está arraigado em nossa vida cotidiana e que nos impede de viver o Evangelho. O que você já deixou de fazer, que te aproxima do Evangelho, por vergonha ou medo do que a sociedade iria pensar e julgar? Como viver de modo mais concreto, sem medo, o Evangelho de Jesus?

Mariana Aparecida Venâncio (Juiz de Fora – MG) – Leiga, Teóloga, especialista em Sagrada Escritura, mestra em Literatura Brasileira e doutoranda em Estudos Literários (UFJF).