III Domingo do Tempo Comum
25 de janeiro de 2015Seu irmão
27 de janeiro de 2015Lucas 10, 1-9
Depois disso, o Senhor designou outros setenta e dois, e os enviou dois a dois à sua frente a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. E dizia-lhes: “A colheita é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie operários para sua colheita. Ide! Eis que vos envio como cordeiros entre lobos. Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias, e a ninguém saudeis pelo caminho. Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa!’ E se lá houver um filho de paz, a vossa paz pousará sobre ele; senão, voltará a vós. Permanecei nessa casa, comei e bebei do que tiverem, pois o operário é digno do seu salário. Não passeis de casa em casa. Em qualquer cidade em que entrardes e fordes recebidos, comei o que vos servirem; curai os enfermos que nela houver e dizei ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vós'”.
À sua frente
Se somos discípulos de Cristo, ele também nos chama e envia. Quer que sejamos seus operários na colheita, alertando o mundo sobre a proximidade do Reino. Convida-nos a estarmos à sua frente, antecedendo-o em lugares aonde ele próprio devia ir. Há um alerta, porém, de sermos enviados como cordeiros entre lobos.
Ele nos envia hoje, em nossa realidade. Para onde temos sido enviados? De que forma temos anunciado a proximidade do Reino?
Muito nos assusta seu alerta sobre os lobos misturados aos cordeiros. Aqui, precisamos pensar de duas formas. Na primeira, reconheçamos a existência de “lobos externos”, verdadeiros inimigos do amor e da bondade, que estão à espreita querendo nos confundir. Trazem-nos a maldade disfarçada de prazer, prometendo-nos uma falsa felicidade. Na segunda, admitamos a existência de “lobos internos”, que são nossos próprios pensamentos egoístas, capazes de destruírem a paz e a caridade.
Somos tão fracos que nos deixamos acovardar pelos lobos deste mundo. Amedrontados, acabamos estagnados e não partimos em missão. Fracos na fé, esquecemos que Jesus nos diz para irmos antes dele, e não em seu lugar, abandonados. Fala-nos para irmos à sua frente, simplesmente. Ou seja, ele estará logo atrás de nós, como pastor que endireita e organiza suas ovelhas em sua dura e tortuosa jornada. Em missão, somos chamados a sermos como João Batista, precursores e anunciadores do Deus que vem em seguida, como mensagem de salvação e redenção.
Em nada estamos sozinhos. No envio, Jesus não nos perde de vista. Peçamos a ele uma fé vigorosa, capaz de nos fazer grandes operários na construção do Reino.
Marcelo H. Camargos – estudante de medicina na UFMG. Fraternidade Missionária Verbum Dei – BH-MG.