“Quem é este que manda até no vento e nas ondas?!”
4 de julho de 2017Mateus 9,1-8
6 de julho de 2017Tendo ele chegado à outra banda, à terra dos gadarenos, dois endemoninhados, em extremo furiosos, de modo que ninguém podia passar por aquele caminho, saindo dos túmulos, vieram-lhe ao encontro. Eles gritaram: Que temos nós contigo, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo? Ora, a alguma distância deles pastava uma grande manada de porcos. Os demônios rogavam-lhe: Se nos expeles, envia-nos para a manada de porcos. Disse-lhes Jesus: Ide. Tendo eles saído, passaram para os porcos; toda a manada precipitou-se pelo declive no mar, e ali se afogaram. Os pastores fugiram, foram à cidade, contaram todas essas coisas e o que tinha acontecido aos endemoninhados. Então, a cidade toda saiu ao encontro de Jesus; e, ao verem-no, rogaram-lhe que se retirasse daqueles termos.
Jesus veio para desalienar os homens, para ele não existem limites…
O convite da oração de hoje é compreender a importância da missão… Jesus vai à terra dos Gadarenos e é recepcionado por dois endemoninhados, em extremo furiosos, de modo que ninguém podia passar por aquele caminho, saindo dos túmulos, vieram-lhe ao seu encontro… Que recepção!? Três pontos me chamaram atenção no texto de hoje: O primeiro ponto é a forma como Jesus é recepcionado e como ele reage; é impressionante a fidelidade de Jesus á sua missão, como ele não perdia tempo, não media esforços e cumpria sempre os seus objetivos; ao chegar nesse lugar e perceber que não era bem vindo ele podia ter dado meia volta e ter voltado, mas ele tinha diante dele dois endemoninhados, ou seja, dois homens alienados, para ele não havia motivo maior para estar ali, Já que a sua missão primeira é libertar a humanidade…
O segundo ponto é pergunta que eles fazem a Jesus, aos gritos: “Que temos nós contigo, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?” Na condição de endemoninhados e, justamente por estarem nessa situação, ou melhor, estavam nesta situação porque não se reconheciam como filhos amados de Deus; mas Jesus os reconhecia e com o amor que lhe é peculiar teve misericórdia deles por isso não titubeou em liberta-los…
O terceiro ponto foi à reação do povo da cidade ao saberem o que Jesus havia feito aos dois homens: “a cidade toda saiu ao encontro de Jesus; e, ao verem-no, rogaram-lhe que se retirasse daqueles termos.” Creio que o apego aos bens materiais os alienava tanto quanto os dois endemoninhados, a ponto de rejeitarem a presença de Jesus; certamente pela perda financeira devido à precipitação da manada de porcos no declive do mar, para eles, assim como para muitos nos dias atuais o ser humano fica em segundo plano…
Às vezes conscientes ou não, vivemos tão alienados que vivemos como esse povo; podemos até não admitir, mas estamos sempre servindo a dois senhores, e o pior que na maioria das vezes mandamos Jesus embora da nossa vida, por que sua presença nos questiona, nos incomoda, não pelo seu amor e por sua Justiça, mas pela nossa incoerência, nosso desamor e a nossas injustiças… Com a presença de Jesus a nossa vida vai sempre de mal a melhor; sem Jesus.., a nossa vida vai sempre de mal a pior!
Temos o livre arbítrio e tudo depende de nossas escolhas, somos filhos no filho e todos nós participamos da mesma missão, o serviço do reino deve chegar a todos, sem exceção, Jesus nos mostra o caminho, ele mesmo é o caminho, só ele pode orientar as nossas escolhas; somos verdadeiramente livres quando entendemos que o sentido da nossa existência, da nossa vida, está em nos colocar a serviço do Reino…
Peçamos ao senhor que nos liberte de todas as distrações, de tudo que nos aprisiona, de tudo que não pertença ao Reino, que ele nos capacite a trabalhar para a propagação do reino. Senhor, queremos ser todo seu Amém.
Agostinho Augusto – Família Missionaria Verbum Dei – Belo Horizonte MG.