Viver o mundo novo por Aquele que o faz possível (Mateus 19,23-30)
19 de agosto de 2014Fiéis à graça recebida (Mateus 22,1-14)
21 de agosto de 2014“De fato, o Reino do Céu é como um patrão, que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha.
Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo. Viu outros que estavam desocupados na praça, e lhes disse: ‘Vão vocês também para a minha vinha. Eu lhes pagarei o que for justo’. E eles foram.
O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa.
Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que vocês estão aí o dia inteiro desocupados?’ Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Vão vocês também para a minha vinha’.
Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chame os trabalhadores, e pague uma diária a todos. Comece pelos últimos, e termine pelos primeiros’.
Chegaram aqueles que tinham sido contratados pelas cinco da tarde, e cada um recebeu uma moeda de prata.
Em seguida chegaram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. No entanto, cada um deles recebeu também uma moeda de prata.
Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: ‘Esses últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor do dia inteiro!’
E o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto com você. Não combinamos uma moeda de prata? Tome o que é seu, e volte para casa. Eu quero dar também a esse, que foi contratado por último, o mesmo que dei a você. Por acaso não tenho o direito de fazer o que eu quero com aquilo que me pertence? Ou você está com ciúme porque estou sendo generoso?’
Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos.”
Deus não é injusto, mas Deus é bom. É a verdade do Evangelho de hoje na qual vale a pena mergulhar. Pedir a graça perceber esta bondade de Deus atuante no mundo.
Na semana passada, convidaram-me para participar de uma oração coletiva pelo mundo. Convite muito interessante, evento criado no Facebook, inspirador para este tipo de uso das redes sociais. Pois bem, marcaram um determinado horário em que cada pessoa, da sua casa e com seu jeito próprio de orar, se conectaria nesta corrente do bem rogando pelas realidades atuais. Coloquei-me na hora marcada, achando que contemplaria as realidades de dor e pediria por elas. Mas o Espírito conduziu-me por outro caminho, diante deste mesmo Evangelho: saborear a bondade do Pai que sustenta essas mesmas realidades, todas as realidades.
Em outra tradução está dito: “Ou então o teu olho é mau porque eu sou bom?” O senhor da passagem pagou o que foi combinado, foi justo. Mas sua misericórdia supera sua justiça para os que acolhem o chamado fora da lógica dos merecimentos. Eu subsisto, você subsiste, cada pessoa, o mundo subsiste pela bondade do Senhor, por Seu amor, por Seu puro querer. E porque Ele insufla Sua bondade gerando bondade nas pessoas. Saborear essa bondade. Experimentá-la atuante na nossa vida e na vida de cada um, mesmo nas realidades mais difíceis.
Este trecho do livro da Sabedoria pode ajudar-nos também neste mergulho:
“Tu amas todos os seres. Como teria subsistido um ser qualquer, se tu não o tivesses querido, ou teria sido conservado, sem ter sido chamado por ti?
Tu os poupas a todos porque são teus, ó Soberano que amas a vida.” (Sb 11,25)
Vamos trazer presente em nossa oração as realidades do mundo, com suas dores e com os gestos de bondade transformadores em meio a elas; contemplar A Bondade que inspira e fortalece cada um deles. E pedir que o Senhor nos faça também semeadores de bondade por onde formos.
Tania Pulier, comunicadora social – Família Missionária Verbum Dei e pré-CVX Cardoner