Quem dizem que eu sou? (Lucas 9,18-22)
23 de setembro de 2016XXVI Domingo do Tempo Comum – Ano C
25 de setembro de 2016Leitura: Lucas 9, 43b-45
Todos estavam admirados com o que Jesus fazia, e ele disse aos discípulos:
— Não esqueçam o que vou dizer a vocês: o Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens.
Mas eles não entenderam isso, pois o que essas palavras queriam dizer tinha sido escondido deles para que não as entendessem. E eles estavam com medo de fazer perguntas a Jesus sobre o assunto.
Oração:
Na oração, eu também experimento o medo de falar sobre alguns assuntos com o Pai, com o Filho e com o Espírito. Seria talvez mais fácil, seja para crer ou para parar de crer, ficar com a imagem do deus que me apresentaram, ora de uma forma, ora de outra, mas sempre diferente – muitas vezes o contrário – de DEUS.
“O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens” – essa é uma fala que estremeceu os discípulos e que me estremece. A vida de Jesus foi a encarnação do versículo: Deus se colocou nas mãos dos homens e mulheres. E o que mais assusta é que Ele está encarnado todos os dias desde aquele tempo.
Lembro-me de ter rezado tantas vezes: Deus, por que você silencia? Pai, você não sente essa dor? Jesus, você ousa ficar quieto? Eu, criatura, vejo essa miséria, esse mundo de dor, e sinto. Você não sente? Hoje, Ele me responde: “o Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens”. Diz-me: “Hoje, estou entregue em suas mãos”.
Quando ouço isso, fico com medo de continuar a conversa; como os discípulos, prefiro não continuar com minhas perguntas, pois a resposta às primeiras deixa-me desconcertado.
Senhor, se você quis colocar-se em minhas mãos, tão inaptas para o amor como é o seu amor, ajude-me a ser mais sensível, clarividente e amoroso. Não deixe que eu O machuque mais. Dê-me a paz, a serenidade e a coragem de quem sabe que o Criador está nas mãos da criatura e quer assim.
Obrigado.
João Gustavo H. M. Fonseca, Família Verbum Dei de Belo Horizonte