XVIII Domingo do Tempo Comum – Ano C
24 de julho de 2016Sobre a felicidade (Mateus 13,16-17)
26 de julho de 2016Mt 20, 20-28
Naquele tempo: A mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. Jesus perguntou: “O que tu queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”. Jesus, então, respondeu-lhes: “Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? “Eles responderam: “Podemos”. Então Jesus lhes disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice, mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou”. Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois irmãos. Jesus, porém, chamou-os, e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”.
Oração:
No silêncio do coração invoquemos a Trindade Santa: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Que a luz do Espírito santo nos faça entender aquilo que os discípulos de Jesus tiveram dificuldade de entender, naquela época: O maior é aquele que serve.
Jesus vem nos mostrar mais uma vez como os discípulos tinham dificuldade para entender os seus ensinamentos. Enquanto Jesus falava de seu sofrimento, morte e ressurreição que estavam para acontecer, os discípulos se preocupavam com o lugar de destaque que desejavam ocupar depois da sua glória.
Mateus nos apresenta a súplica feita por Tiago e João através de sua mãe. Em Marcos 10,32-45 o pedido é feito diretamente pelos dois. Podemos perceber que esse desejo de ocupar lugar de destaque, na verdade, se encontrava no coração de todos, pois a passagem diz:” Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois irmãos.”
Fico imaginando a tristeza de Jesus ao ouvir essas coisas por parte de seus discípulos que nesse momento caminhavam com ele rumo à Jerusalém. Quer dizer, caminhavam juntos, seguiam jesus, mas tinham dificuldade para entender seus ensinamentos. Equivocados esperavam um reinado triunfante de jesus.
O desejo do Mestre é que entendessem que aquela disputa pelo poder os impossibilitava de trabalhar pela construção do Reino, que exige muita humildade e prática do serviço.
“Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?”
-E eu? Como tenho rezado?
-Em nossas orações, sabemos o que estamos pedindo?
É importante saber que nem tudo que desejamos nos será concedido, mas que tudo que pedimos Deus sempre nos ouve.
Em nossas orações, na maioria das vezes, queremos receber de Deus a solução para os problemas que precisamos resolver ao invés de pedir sabedoria e força para enfrentá-los.
“Quem quiser tornar-se grande torne-se vosso servidor; quem quiser ser o primeiro seja vosso servo.”
Na minha oração é esse o chamado que escuto no fundo do coração: Jesus me chama à prática da humildade e do serviço.
-Sou capaz de me dedicar ao serviço sem nenhuma pretensão ao poder e a privilégios?
-O que é que me impede de praticar o exercício da humildade, do serviço fraterno? Será a vaidade? A ganância?
Os discípulos de Jesus eram humanos como nós. Esse desejo de ser grande, de ser importante é um desejo inerente de todo ser humano. Por isso precisamos nos policiar e trabalhar a humildade em nós. Pedir a Deus esse dom.
Senhor, me livre de tudo que provoca em mim o desejo de ser mais, de ser melhor que o outro.
Para servir ao próximo basta me fazer pequena ao lado dele; ser capaz de encontrar uma palavra de conforto, nos momentos difíceis; me empenhar para o crescimento do outro; ajudar o outro a ser uma pessoa melhor, a ser mais feliz, a se valorizar. Servir ao próximo é me aproximar daquele que necessita ajuda.
Senhor, me dê o dom da humildade, do amor fraterno e da prontidão pra que eu possa servir ao próximo.
Maria, mãe de Jesus e nossa mãe, me ajude a ser fiel ao chamado que Deus me faz.
Assim Seja!