“Assim como nós somos um”
20 de maio de 2015“Tu me amas?”
22 de maio de 2015Leitura: João 17,20-26
Naquele tempo, Jesus levantou os olhos ao céu e disse: Pai Santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra, para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. Eu dei-lhes glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim. Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles’.
Oração:
Hoje rezamos com a última parte da conversa entre Jesus e o Pai trazida no Evangelho de João. Entremos, em silêncio, nessa conversa, para “ouvirmos” não só as palavras, mas as pausas, os olhares entre o Pai e o Filho, a conversa que ocorre sem ruído.
O evangelista ouviu uma oração de Jesus bastante repetitiva, de Jesus, quem tinha dito para não multiplicarem palavras nas orações. De várias formas, Jesus pede o mesmo: que o Pai nos leve à união deles – Pai e Filho, que têm o mesmo Espírito – e que saibamos com que amor fomos amados.
“Eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e para que o mundo reconheça que me enviaste e os amaste como amaste a mim”. Jesus, com que amor você foi amado? Você, que nasceu – e permaneceu – pobre, foi fugitivo e estrangeiro quando criança? Com que amor você foi amado quando não teve afastado de si a cruz? Que amor deixou você se sentir abandonado na dor?
“Amou-me um Amor que me diz que eu sou rico mesmo quando de nada posso dispor. Amou-me um Amor que me faz me sentir em casa, não importando onde eu esteja. Amou-me um Amor que me ajuda a ser coerente com meu projeto mesmo quando eu não vejo, não ouço e não sinto nada senão dor e desamparo. Amou-me um amor que, comovido por meu choro, deu nova vida ao meu amigo. Amou-me um amor que, para não me fazer dispensar com fome meus seguidores, saciou-os pelas mãos dos meus amigos. Amou-me um amor que, mexido pela dor de uma mãe viúva, restituiu a vida de seu filho. Amou-me um amor que, feliz com a minha vida, não permitiu que ela deixasse de ser…”
A nossa oração de cada dia nos leve ao conhecimento do Amor com o qual somos amados.
João Gustavo Henriques de Morais Fonseca, estudante de Direito na UFMG e membro da Família Verbum Dei de BH