Tempo de amar (Mc 12, 28b-34)
13 de março de 2015IV Domingo da Quaresma – Ano B
15 de março de 2015Lc 18, 9-14
Naquele tempo: Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: ‘Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda’. O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: `Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’ Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado.’
Leio várias vezes essa conhecida passagem e peço a Deus que me dê o dom de encontrar nela as novidades, a alegria de quem sabe que o Evangelho é sempre novo. Jesus coloca em oposição dois personagens típicos, o fariseu, que está muito satisfeito de si mesmo e o coletor de impostos que, para os judeus, era a típica figura do pecador.
O fariseu, certo de sua própria bondade e perfeição, dá graças a Deus. Mas não consegue ir além em si mesmo. Fica na superfície. O cobrador de impostos aceita o título de pecador e consegue chegar ao profundo de si. É preciso muita intimidade e confiança para se confessar dessa forma.
A frase que mais me chama a atenção no texto é: Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros. Jesus me conta essa parábola hoje. É a mim que ele se dirige. Sou eu que, muitas vezes, confio mais na minha própria justiça, na minha própria opinião, nas minhas próprias percepções, na minha convicção. E desprezo os outros.
Como as certezas nos apequenam! Quando fecho o espaço para dúvidas e para enxergar o diferente, também fecho o espaço para Deus, que é outro, diferente de mim.
Hoje, somente peço a Deus a humildade desse coletor de impostos, para que diante dEle eu possa duvidar das minhas convicções, das minhas certezas e dar espaço para que Ele se manifeste.
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – BH – MG