Tempo de construir pontes – Lc 11, 14-23
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Naquele tempo: Um mestre da Lei aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Qual é o primeiro de todos os mandamentos?’ Jesus respondeu: ‘O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes’. O mestre da Lei disse a Jesus: ‘Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios’. Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência, e disse: ‘Tu não estás longe do Reino de Deus’. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.
No Antigo Testamento temos centenas de preceitos listados, que orientavam a conduta dos judeus. Ao se dirigir a Jesus, o letrado talvez quisesse um resumo. Qual é o primeiro de todos os mandamentos? Qual o mais importante?
Ao invés de um, Jesus apresenta dois (Dt 6,5 e Lv 19,18), que estão muito relacionados. É possível amar a Deus de todo o coração e não amar o próximo? Para nós, que temos fé, o primeiro mandamento ajuda a cumprir o segundo. O segundo mandamento é a consequência mais imediata do primeiro. Eu amo o outro, independente de quem seja, porque nós dois temos alguém que nos ama em comum, Deus.
Lendo várias vezes o texto, pergunto ao Senhor o que este texto guarda pra mim. Qual trecho dará o tom de nosso diálogo. E o trecho que mais me chama a atenção é a resposta do Mestre da Lei: Amá-lo [Deus] de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios. Naquele contexto, o letrado dizia que amar a Deus e ao próximo é mais importante do que qualquer prática externa.
E na minha vida, Senhor, no meu contexto, o que isso quer dizer?
Muitas vezes me parece difícil demais amar o próximo! Falemos a verdade! Muitas vezes o outro nos espezinha, nos flagela, nos faz sofrer demais!!! Este é o MELHOR dos sacrifícios, mas não deixa de ser um… muitas vezes.
Experimento que o apreço pelo serviço, como nos propõe a Campanha da Fraternidade – Eu vim para servir – pode nos dar liberdade para amar o próximo, até mesmo quando este nos faz sofrer, nos atrapalha a vida. Amar o próximo não é fazer tudo o que este deseja. Mas percebê-lo como um ser integral, que tem direito ao respeito e à verdade. Mas que difícil fazer isso com amor! Queremos que a nossa verdade seja rapidamente engolida e assimilada pelo outro! E na guerra pela verdade, pela razão, por exercer a minha vontade,
O amor a Deus com toda a alma, entendimento e forças pode nos capacitar a esse amor desinteressado e livre. É no trato com Deus que vamos descobrindo o que é amar, em cada ocasião.
Pollyanna Vieira – Família Verbum Dei – BH -MG