Lc 4,14-22a
9 de janeiro de 2014Jo 3,22-30
11 de janeiro de 2014Aconteceu que Jesus estava numa cidade, e havia aí um homem leproso. Vendo Jesus, o homem caiu a seus pés, e pediu: ‘Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar.’ Jesus estendeu a mão, tocou nele, e disse: ‘Eu quero, fica purificado.’ E, imediatamente, a lepra o deixou. E Jesus recomendou-lhe: Não digas nada a ninguém. Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela purificação o prescrito por Moisés como prova de tua cura. Não obstante, sua fama ia crescendo, e numerosas multidões acorriam para ouvi-lo e serem curadas de suas enfermidades. Ele, porém, se retirava para lugares solitários e se entregava à oração.
Para refletir…
A oração de hoje contrapõe dois tipos de solidão: a do leproso e a de Jesus. O leproso é solitário porque excluído pela sociedade de seu tempo. Trata-se de solidão involuntária, prejudicial, infértil, motivada pelo preconceito, pelo medo, pela dor. Jesus é solitário porque se retira da multidão para falar com o Pai. É solidão voluntária, necessária, procurada por amor… solidão acompanhada!
A oração pessoal é o caminho para não causarmos a solidão que dói no mundo e vivermos a solidão que o mundo reclama de nós. Quem é este que, mesmo quando estou a sós, comigo está e, às vezes, mais ao meu lado está quando mais ninguém há? Convém conhecê-Lo…
O dito de Jesus – “Eu quero, fica purificado.” – dá-nos uma pista sobre quem é. Como é engraçado perceber que Deus tem vontade, intenção, propósito. Ele quer; Ele pode não querer. Nós queremos – feitos à imagem e semelhança d’Aquele que também quer, deseja, tem vontade. Que nossa oração de hoje seja reconhecer que ela – a oração – é relação, diálogo, duas vontades, criatura e Criador.
“Senhor, se tu queres, tu tens o poder de me purificar.” Tudo quanto Deus quer pode ser por Ele feito. Nem tudo quanto queremos podemos. No entanto, pelo diálogo, abre-se a nós a possibilidade de juntar nossa vontade à d’Aquele que tudo pode.
A oração de hoje nos purifique, tal qual fez ao leproso, a fim de que nossa solidão seja encontro.
João Gustavo – Família Missionári Verbum Dei – BH – MG