Deus é Deus dos vivos
19 de novembro de 2022“Todo aquele que faz a vontade de meu Pai é meu irmão…”
21 de novembro de 202220 de novembro de 2022, 34ª Domingo do Tempo Comum, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
Evangelho – Lc 23,35-43
Leitura: O que o texto diz
O Evangelho da festa de hoje faz parte da narração da Paixão de Jesus. Fixemos nosso olhar nos personagens que assistem ao tremendo espetáculo da crucifixão. O povo estava ali olhando. Não é a multidão que habitualmente O segue, mas pessoas que assistem com curiosidade zombadora. “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!” O Evangelho nos coloca diante de Jesus Crucificado sendo zombado ao lado de dois ladrões por aqueles que não tinham entendido seu messianismo. Seu Reino não é deste mundo. Sua realeza não é imposta por tropas, pela força, pela violência, pelo poder, mas pela doação amorosa a todos, pela diaconia do amor. Ao responder ao bom ladrão, “hoje mesmo estarás comigo no paraíso”, Jesus declara sua comunhão com ele e vice-versa. A ação de Jesus vai muito além. A Salvação além de ser uma proposta de Deus, é também uma resposta do ser humano. Jesus vence o mal, com o amor. Mesmo ultrajado ele confirma o núcleo de sua missão: salvar os injustos e pecadores. Essa é a vitória do bem sobre o mal.
Meditação: O que o texto me diz
Rei, não há outra palavra menos apropriada para Jesus. Jesus, rei atípico. Os reis deste mundo vivem às custas de seus súditos: explorando, dominando… Jesus, no entanto, reina perdoando, amando e comunicando vida a partir de uma situação de humilhação e impotência extremas. Um rei crucificado é uma contradição e um escândalo.
Jesus é um rei que lava os pés dos seus, um rei que não tem dinheiro e que não pode defender-se, que não tem exército… Um rei sem trono, sem palácio, sem pompas, sem poder. Jesus crucificado é um estranho rei: seu trono é a Cruz, sua coroa é de espinhos. Não tem manto, está desnudo. Até os seus o abandonaram. Jesus sempre viveu “em más companhias” e morre entre dois ladrões. Mais uma vez, não assume o papel de juiz sobre os outros, mas oferece uma nova chance de salvação. Ele é o moribundo que dá vida: presença solidária, que, mesmo em meio ao pior sofrimento, oferece companhia a outros sofredores.
Oração: O que o texto me faz dizer
Peça ao Senhor a graça de acolher em seu coração a sua palavra e fazer-se servidor e testemunha dela. Peça a graça de também ser sinal do seu amor para com todas as pessoas fazendo a sua vontade segundo o seu coração. E a exemplo de seu Filho amado Rei e Senhor do Universo.
Contemplação: O que o texto faz em mim
O que significa para você afirmar que Jesus Cristo é Rei? Como você entende o seu reinado? Como posso colaborar na construção e testemunho do Reino de Deus trazido por Jesus? No alto da Cruz, Jesus revela uma promessa que muitas pessoas precisam ouvir hoje, sobretudo aqueles que carregam cruzes injustas e pesadas, que vivem realidades atravessadas pela dor, pela solidão, dúvida, incompreensão ou pranto: “Hoje estarás comigo no Paraíso”.
Ação: O que eu posso fazer a partir do texto?
Como cristãos o desafio é assumir o jeito de Jesus, sendo aquele que dá a vida, que serve, que é presença solidária. Há uma nobreza presente em nosso interior e que é ativada no encontro com o outro, através da compaixão, do serviço, do amor solidário…
Equipe do Lectionautas