Se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres
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Jo 8,51-59: Vosso pai Abraão exultou, por ver o meu dia.
Leitura: o que o texto diz?
Hoje lemos um texto que se insere no contexto dos últimos dias: a confrontação entre Jesus e os fariseus antes da Páscoa da Ressurreição. A figura de Abraão ontem foi utilizada para desmoralizar Jesus, que por sua vez, procura mostrar que ele mesmo é a realização da promessa esperada por Abraão. O patriarca é reconhecido como o pai da fé, tem um status muito importante, entretanto, ser descendente de Abraão é muito mais que pertencer ao povo, mas sim está relacionado ao cumprimento da vontade de Deus. Jesus é esse cumprimento. Em Jesus a glória de Deus é realmente manifestada através de suas obras, e isso os fariseus não foram capazes de reconhecer.
Meditação: o que o texto me diz?
Somos chamados a refletir sobre a nossa pertença à comunidade de Jesus: Será se vivemos por mera formalidade dentro da Igreja ou somos capazes de identificar nossa pertença como o seguimento real de Jesus? Será que adotamos a postura confortável dos fariseus, que se acomodam em ser chamados filhos de Abraão, mas que não tem compromisso em se relacionar com deus e sua vontade?
Oração: o que o texto me faz dizer?
Deus exige compromisso de nós. Nosso coração não pode ser um coração acomodado. O conflito entre Jesus e os fariseu se dá exatamente porque o modo de vida do Senhor e o seu ensinamento provocava neles a reflexão sobre o real compromisso com a vontade do Pai. O essencial não é o formalismo, mas sim o compromisso. O títulos e práticas exteriores são importantes, mas não podem ser obstáculos para reconhecer a glória de Deus quando ela se apresenta para nós.
Contemplação: o que o texto faz em mim?
O Senhor, tal como quando estava com os fariseus, também nos confronta. No silêncio da oração, somos capazes de ouvir sua voz a nos convidar para a conversão e o aprofundamento na nossa relação com Ele. É o contato com Deus que transforma a nós e ao mundo ao nosso redor, dessa forma, precisamos cultivar mais e mais a oração para que o nosso coração seja sensível a essa transformação.
Ação: o que o texto me leva a fazer?
Os fariseus estavam como cegos. Não conseguiam discernir as situações da vida que se opunham aos projetos de Deus. E nós, somos capazes de fazer diferente? A real transformação do mundo só acontece quando nós abordamos os problemas com clareza e coragem. Não podemos ser indiferentes, temos que estar do lado de Jesus, que vê as dores do homem e cura, salva e liberta. Ele nos chama a colaborar com seu projeto de amor.
João Victor Batista – Membro leigo do Instituto Religioso Nova Jerusalém. Mestrando em Economia pela Universidade Federal do Ceará.