Nele vivemos, nos movemos e existimos (At 17,15.22–18,1)
13 de maio de 2015Não me perguntareis mais nada (Jo 16,20-23a)
15 de maio de 2015Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor.
E eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena. Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai.
Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros.
Não fomos nós que escolhemos Jesus, mas, pelo contrário, foi Ele quem nos escolheu.
Esta verdade é incontestável. Por acaso alguém poderia escolhê-lo? Não, porque Ele jamais seria conhecido se não se revelasse a nós.
Como é bonito perceber que nosso Deus nos procura. Quanto amor neste gesto! O insondável se faz pequeno para ser conhecido por todos. Aquele que jamais poderíamos conhecer, pois ultrapassa todas as possibilidades de nossa ciência, rebaixa-se e se torna um servo para poder manifestar-se e se dar a conhecer.
Jesus revela que tudo isso é feito por amor e pelo amor. Tudo se resume no amor e nada existe fora dele, portanto viver fora do amor é escolher a morte, optar por ele é escolher a vida.
Uma só ordem é dada: que nos amemos uns aos outros como Ele nos amou.
A fórmula do amor proposto também é dita de forma simples e direta: “Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos”.
Jesus é simples, não deixa margem a interpretações que possam facilitar a vivência do amor de que Ele trata. Ele fala de um amor que exige compromisso e que será verdadeiramente grande se nossa vida for entregue para que ele se cumpra. Um amor que se traduz em serviço para o bem comum.
E quem são nossos amigos? Todos aqueles que fazemos amigos. E quem devemos fazer amigos? A todos, pois a ordem de Jesus é simples, não há como contemporizar: “amai-vos como eu vos amei”. Ora, se devemos nos amar como Jesus nos amou e Ele nos escolheu antes que nós pudéssemos escolhê-lo, devemos sair ao encontro do outro e fazê-lo nosso amigo, assim como Jesus veio ao nosso encontro e nos fez amigos.
E que frutos deveremos produzir? Quais frutos produzidos por nós permanecerão? Penso que o fruto que Jesus quer e que permanecerá é a amizade. Todo amigo que fazemos permanece, fica para sempre. Mais ainda, todo aquele que levamos à presença de Jesus e que se torna amigo dele jamais se perderá: “A vontade daquele que me enviou é esta: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas que eu os ressuscite no último dia” (Jo 6, 39).
Às vezes, sentimos muita dificuldade de fazer amigos. Às vezes, custamos a crer que podemos levar algumas pessoas a se tornarem amigas de Jesus, entretanto Ele afirma, ao final do trecho do evangelho de hoje, que podemos contar com uma ajuda ímpar: “O que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá”.
O convite da oração de hoje é perceber a amizade de Jesus por nós, todos os frutos que nascem dessa amizade, a possibilidade de entrarmos na dinâmica deste amor que inclui a todos no círculo de amigos, enfim perceber a força da afirmação de Jesus: “Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai”.
Que Maria nos acompanhe nesta oração e nos ajude a perceber todo o carinho de nosso Deus. Amém!
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João Batista Pereira Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte