Bem-aventurados
12 de junho de 2017A essência está no amor (Mateus 5, 17-19)
14 de junho de 2017Leitura: Mateus 5, 13-16
Jesus disse aos seus discípulos:
— Vocês são o sal para a humanidade; mas, se o sal perde o gosto, deixa de ser sal e não serve para mais nada. É jogado fora e pisado pelas pessoas que passam.
— Vocês são a luz para o mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um cesto. Pelo contrário, ela é colocada no lugar próprio para que ilumine todos os que estão na casa. Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu.
Oração:
Jesus está sobre a montanha e seus discípulos o seguiram. Todos se sentaram. Lá, do alto, ele fala àqueles que o seguem, que também subiram para o alto.
Nesse evangelho, Jesus usa metáforas para falar de como seus amigos são. “Você é sal para a humanidade”.
Pego um pouco de sal na mão. Provo. De imediato, a boca saliva como que em defesa ao gosto tão forte. Sal é gosto. E é gosto que marca. Se eu erro a mão no sal, desperdiço o arroz, o feijão… se passar um pouquinho apenas, sei que tomarei muito mais água durante o dia. Jesus me diz que, por ser seu amigo, que se senta no alto para ouvir sua voz, tenho gosto forte. Eu marco. Eu faço reagir. Eu desperto sede.
Se quero conservar um alimento, posso também colocar sal. O sal do saleiro nunca se perde. Jesus me diz que eu estou no mundo para não deixar que o mundo se perca. Estou no mundo para conservar a vida que há no mundo. Para que a vida sempre exista no mundo. A Vida.
E Jesus continua: “Vocês são luz para o mundo”.
Acendo uma vela e apago a luz. Por que você diz que eu sou luz, Jesus?
Caminho com a vela acesa. Sinto a segurança de saber por onde caminho, pois, do contrário, teria de tatear tudo ao redor para garantir que não me machucaria. Jesus me diz que, por ser seu amigo, que se senta no alto para ouvir sua voz, eu ilumino. Por onde eu passar, talvez as pessoas sintam mais segurança e consigam caminhar com mais firmeza, sem tanto medo e com discernimento, pois a luz revela o que é e o que não está.
Depois, coloco a vela em cima da mesa. Aproximo minhas duas mãos. Deixo assim até que o calor incomode. A luz é quente. Jesus me fala que eu estou no mundo, como seu amigo, para que o mundo seja um lugar menos frio. Quantas pessoas experimentam a frieza da solidão? Quantas pessoas vivem angústias profundas, tristezas tão antigas, situações de tanto desespero… estão congeladas em seus mundos sem saída. Eu posso ser calor. Posso aquecer com minha vida. Posso ser ternura com minha presença.
Peçamos ao Espírito que nós subamos sempre à montanha para ouvir a voz de Jesus e que desçamos sempre com a disposição para ser sal que dá gosto e conserva… luz que ilumina e aquece.
João Gustavo Henriques de Morais Fonseca, Família Verbum Dei de Belo Horizonte