O que me move? (Mt 2, 13-18) – Santos Inocentes
28 de dezembro de 2013E a Palavra se fez homem e habitou entre nós (Jo 1,1-18)
31 de dezembro de 2013“Havia também uma profetisa chamada Ana, de idade muito avançada. Ela era filha de Fanuel, da tribo de Aser. Tinha-se casado bem jovem, e vivera sete anos com o marido. Depois ficou viúva, e viveu assim até os oitenta e quatro anos. Nunca deixava o Templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações.
Ela chegou nesse instante, louvava a Deus, e falava do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Quando acabaram de cumprir todas as coisas, conforme a Lei do Senhor, voltaram para Nazaré, sua cidade, que ficava na Galiléia.
O menino crescia e ficava forte, cheio de sabedoria. E a graça de Deus estava com ele.”
Uma proposta para a oração de hoje pode ser contemplar neste Evangelho 3 formas de “vida escondida em Deus”:
– Ana: mais exclusiva. “Nunca deixava o Templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações”. O grupo das viúvas, de fato, nas primeiras comunidades, vivia uma espécie de consagração no serviço a Deus;
– Maria e José: no cotidiano da vida, do trabalho; “cumprindo todas as coisas” – vivendo com significado e profundidade o que lhes cabia viver;
– Jesus: crescia, “E a graça de Deus estava com ele”. Fazia caminho. O que semeou em seus 30 anos de vida oculta para viver com a intensidade de entrega que viveu os 3 anos de vida pública? Como foi este tempo de processo, caminho, crescimento?
Que sabor eles encontraram nesta vida em Deus? Como encontrar este sabor que nos faça escolher viver aí, na forma em que formos chamados – mais exclusivamente ou mais no cotidiano?
O que fica nessas vidas é o amor, a vivência do desejo profundo, que corresponde à vontade de Deus, e não na busca insaciável do que não sacia. Na verdade, trata-se de uma escolha entre desejos. E como diz São João na primeira leitura (1 Jo 2,12-17), “o mundo passa com seus desejos insaciáveis”.
Peçamos ao Senhor que, na contemplação, Ele nos atraia para também nós optarmos por viver nossa vida “escondida” nele.
Tania Pulier, comunicadora social – Palavra Acesa Editora – Família Missionária Verbum Dei