Mateus 9,1-8
6 de julho de 2017Vinho novo, odres novos! (Mt 9, 14-17)
8 de julho de 2017Jesus saiu dali e, no caminho, viu um cobrador de impostos, chamado Mateus, sentado no lugar onde os impostos eram pagos. Jesus lhe disse:
— Venha comigo.
Mateus se levantou e foi com ele. Mais tarde, enquanto Jesus estava jantando na casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama chegaram e sentaram-se à mesa com Jesus e os seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos:
— Por que é que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama?
Jesus ouviu a pergunta e respondeu:
— Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Vão e procurem entender o que quer dizer este trecho das Escrituras Sagradas: “Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrifícios de animais.” Porque eu vim para chamar os pecadores e não os bons.
Bom dia, Trindade santa! Hoje quero oferecer esta oração, com base neste belo evangelho de Mateus, em ação de graças, por sua infinita misericórdia em minha vida. Que a sua presença seja sentida nas palavras que vão tecendo o texto, tendo-me apenas como instrumento para a mensagem que nos quer comunicar.
Releio a passagem anterior e nela encontro o relato que narra a cura de alguém que sofria de uma paralisia física, o que o tornava incapaz de se locomover. A cura se dá por algo que acontece em seu coração, Jesus: você se comove com a fé daqueles que pediam por outro, por alguém que estava paralisado na vida.
Acontece que o que nos parece apenas uma cura física na verdade é muito mais. Sabemos que paralisados todos nós somos em tantos momentos de nossa vida, principalmente nos momentos de difícil decisão. A dúvida paralisa. Mas a cura do paralítico é uma cura da alma, das paralisias que ele carregava. O paralítico (que somos todos nós) é chamado ao movimento, a sair de sua paralisia, a seguir em frente.
No relato da passagem de hoje, te vejo numa situação controversa. Seguindo adiante e passando pela coletoria de impostos, você vê Mateus que ali estava sentado. É interessante ver que o convite é imperativo: “Venha comigo!” E imediatamente é obedecido. Mateus se levanta e o segue. Não há perguntas. Nem sua, nem de Mateus. Parece, para mim que tento ler além da letra, que já era um encontro há muito esperado. O que teria ocorrido com aquele homem, mal visto entre os seus, por estar a serviço de Roma, odiado por alimentar um sistema de arrecadação considerado abusivo e do qual se favorecia?
A cena seguinte nos aponta mais elementos, pois numa ceia, em casa de Mateus, muitos cobradores e considerados pecadores se acercam de você, Jesus. Isso desagrada os fariseus, que o seguiam de perto, aonde quer que você fosse. E o que eles veem não é o que você vê, Jesus. Eles olham e veem o pecador. Você olha e ama, e com amor vê alguém a ser transformado. Não há como escapar desta graça. Nada pode nos separar do seu amor. Quem explorava, torna-se discípulo. Uma cura espiritual foi o que aconteceu com Mateus.
É lindo e reconfortante, Senhor, ler e rezar essas passagens cheias de vida, a nos encherem de coragem para a seguir adiante te seguindo. Que bom que você veio para resgatar nossa filiação. Que bom que é você o médico a curar nossas almas. Sua vida é o traçado de um caminho acessível a todos nós. A misericórdia suplanta o sacrifício. A graça suplanta o mérito.
Senhor, será sempre oportuno agradecer. E hoje tenho um motivo especial. Celebro a minha vida. Graças te dou por me tornar um barro maleável em tuas mãos. Por me restituir a alegria de viver, o ânimo, a esperança. Por me fazer ver tantos e tantos sinais de tua presença amorosa em minha vida. Te entrego meu coração agradecido e a confiança de que tudo é sustentado no teu amor. Obrigada, Senhor!
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Regina Maria – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte