Deixar-nos curar da dureza que impede a vida
17 de janeiro de 2018Autoridade para expulsar demônios (Mc 3,13-19)
19 de janeiro de 2018Jesus foi outra vez à sinagoga. Estava ali um homem que tinha uma das mãos aleijada. Estavam também na sinagoga algumas pessoas que queriam acusar Jesus de desobedecer à Lei; por isso ficaram espiando Jesus com atenção para ver se ele ia curar o homem no sábado. Ele disse para o homem:
— Venha cá!
E perguntou aos outros:
— O que é que a nossa Lei diz sobre o sábado? O que é permitido fazer nesse dia: o bem ou o mal? Salvar alguém da morte ou deixar morrer?
Ninguém respondeu nada. Então Jesus olhou zangado e triste para eles porque não queriam entender. E disse para o homem:
— Estenda a mão!
O homem estendeu a mão, e ela sarou. Logo depois os fariseus saíram dali e, junto com as pessoas do partido de Herodes, começaram a fazer planos para matar Jesus.
Oração:
Querida Trindade, Pai, filho e Espirito Santo! Obrigado por estar em sua presença, e porque em mim quereis fazer, hoje quero colocar minha vida em vossas mãos e conversar convosco com todo meu coração. Peço-vos a graça para ter a abertura e o amor necessário para viver esse momento da melhor maneira possível… acolhendo vossa palavra e sua vontade, tornando-as minhas.
A liturgia hoje nos traz a narração de Marcos onde Jesus cura no sábado. Nos ensinando que o serviço ao próximo não tem dia, nem hora e nem lugar para ser realizado.
Me chama atenção quando Jesus diz: “Levanta-te e vem aqui para o meio”. Ele sempre tem atitudes como essa. Nos coloca em movimento, nos tira das diversas margens em que nos encontramos. Faz questão de dizer que nos conhece, mais ainda nos ama e não nos quer jogados, abandonados e excluídos por aí. Nos quer no meio… no centro… protagonistas! Podemos assim nos colocar no lugar desse homem que tinha a mão atrofiada. Tentar sentir como ele se sentia, estando excluído da sociedade. Sem acolhimento, sem aceitação… E então perceber em minha vida quando me identifico com ele. Em quais momentos me sinto excluído, às margens… em um segundo momento podemos também tentar escutar a voz de Jesus que também nos chama para irmos até meio. Nos chama a sair da margens. Porque Ele nos aceita, Ele nos acolhe…
No segundo momento me toca de maneira especial quando o evangelista escreve: “Repassando um olhar de indignação e entretecimento pela dureza do coração deles, disse ao homem: Estende a mão.” Me colocando do outro lado, agora imagino quantas vezes o olhar de Jesus não esteve triste ao me ver, sendo tão egoísta, mesquinho… Você pode sentir isso também? Porque muitas vezes ao invés de trazer as pessoas para o meio, ajudo a mantê-las nas margens. Jesus nos convida a um outro olhar. Um olhar de misericórdia e compaixão, de ternura e amor. Que não se importa com as leis, costumes que excluem e separam. E que nos leva promover a dignidade a inclusão e a paz. Tenho percebido em minha vida momentos em que excluo e não somo? Que menosprezo e não acolho? O que posso fazer para que isso não aconteça mais?
Doce Espirito Santo, ajuda-me a seguir por teus caminhos, a amar, amar e amar, sem medida. Sem me importar quem, nem quando e nem onde, promovendo a inclusão, a aceitação e o amor fraterno. Que sejamos promotores da vida abundante que o Cristo nos oferece a cada momento!
Amém!
Willian M. da Fonseca – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte.