Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz!
18 de novembro de 2021Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos
20 de novembro de 202119 de novembro, 6ª Feira da 33ª Semana do Tempo Comum.
Evangelho – Lc 19,45-48
Leitura: O que o texto diz
No evangelho de hoje o lugar de oração virou espaço de comércio, de exploração dos pobres, tudo em nome de Deus e da fé. Certamente, não do Deus de Jesus Cristo, que não tolera injustiça e opressão, mas do deus Dinheiro, deus dos interesses pessoais que justifica a exploração do outro. Jesus fica indignado com o que encontra no Templo.
Meditação: O que o texto me diz
Por que a religião, que deveria amparar o fraco e cuidar dos mais sofridos, pode se transformar numa máquina de oprimir e maltratar? Por que em nome de deus alguns matam, exploram e fazem o mal? Jesus, que não tolera esse tipo de comportamento, entra no Templo e expulsa de lá os exploradores dos pobres. Afinal, a relação com Deus se dá na gratuidade do amor. Ela não é relação comercial, nem de negócios. E, porque falou a verdade, Jesus foi perseguido e alguns tramaram mata-lo. Sua voz profética incomodava os poderosos da religião. Mas aqueles que eram beneficiados por sua palavra e ação ficavam cada vez mais fascinados com seus ensinamentos.
Oração: O que o texto me faz dizer
Rezemos ao Deus misericordioso, o Pai de Jesus, que nos ajude a viver na sua presença com integridade. Que ele nos conduza na dificuldades da vida, que nos ensine a viver na justiça e nos sustente na luta em favor dos indefesos. Peça ao Senhor também que o ajude a expulsar do seu coração, da sua comunidade cristã, aquilo que torna a vida indigna de ser morada do Senhor.
Contemplação: O que o texto faz em mim
Este texto nos faz analisar a coerência de nossa fé e daquilo que fazemos em nome dela. Nos desperta a consciência de estarmos atentos para perceber que algumas propostas de alguns “líderes” religiosos, tendo como pano de fundo a vontade de Deus, pode não fazer parte de seu projeto para a humanidade, pois a vontade humana, alimentada por intenções nada religiosas, pode se sobrepor à divina. Por isso, a fim de caminharmos com mais certeza pelas estradas da fé, é importante buscar o discernimento de nossas práticas nas fontes de nossa crença: a Palavra, a Tradição e o Magistério.
Ação: O que eu posso fazer a partir do texto?
Somos discípulos de Jesus, convocados a ouvir sua voz e seguir seus ensinamentos. Diante de um mundo com uma vasta gama de propostas e práticas religiosas, que muitas vezes nos distraem do que é essencial em termos de fé, é nosso dever buscarmos ser fieis à voz do mestre, nos afastando de tudo aquilo que não é vontade de Deus. Para isso é importante cuidarmos de nossa formação, buscarmos harmonizar fé e razão numa coerência entre crença e prática. Este é nosso compromisso de cristãos autênticos.
Equipe do Lectionautas