A fé cura nossa cegueira
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18 de novembro de 2020Terça-feira: 33ª Semana do Tempo Comum (17 de novembro)
Lc 19,1-10 – Um olhar salvador
Leitura: O que o texto diz?
Após a cura do cego, Jesus passa pela cidade de Jericó. Um rico cobrador de impostos procurava vê-lo, mas é Ele que o vê primeiro e pede pousada em sua casa. Isso causa escândalo nos presentes, pois um cobrador de impostos era considerado um pecador e, segundo as leis judaicas, era alguém impuro. Este encontro, no entanto, gera conversão, tema muito importante em Lucas, revelando a essência do ministério do próprio Cristo: “procurar e salvar o que estava perdido”.
Meditação: O que o texto me diz?
Ver Jesus deve ser uma constante busca em nossa existência. Às vezes ficamos muito ocupados com as riquezas materiais, futilidades, prazeres, desafios ou dores dos “vales” de nossa história e não conseguimos vê-lo. Aí é preciso “sair do chão”, subir, investir nossas forças para as coisas do alto, a fim de poder vislumbrar a visão de Cristo. É preciso disposição interior! Observe que o desejo de ver Jesus fez com que Zaqueu corresse na frente e subisse na árvore. Que bonito ver essa força de vontade! E este encontro faz com que sejamos confrontados com nossas misérias, provocando o desejo de conversão que, concretamente, se traduz em configurar nossa vida à vida de Cristo.
Oração: O que o texto me faz dizer?
Com todo seu coração diga: “Senhor, que tenhamos o desejo interior de vê-lo para encontrá-lo em nosso caminhar humano. Ao voltar nosso olhar para Vós, tenhamos a certeza de que o Senhor nos verá primeiro, pois é nosso parceiro de travessia e nosso salvador”. Peça também a graça do discernimento, a fim de que possa enxergá-lo no desenrolar da história, na simplicidade de nosso cotidiano. E que tenhamos disposição e coragem para, no seu seguimento, trilhar caminhos de conversão.
Contemplação: O que o texto faz em mim?
O encontro íntimo e profundo de nosso olhar com o olhar de Jesus muda nossa história, nos converte. Como nos diz a antiga canção de nossa Igreja: “Jesus Cristo me deixou inquieto com as palavras que Ele proferiu, nunca mais eu pude olhar o mundo sem sentir aquilo que Jesus sentiu”. Um olhar que nos liberta das prisões e paixões desse mundo, nos fazendo perceber que o que realmente importa é a presença de Deus em nossa vida. Após o olhar é preciso abrir a casa de nosso coração, para Deus ali fazer morada.
Ação: O que eu posso fazer a partir do texto?
É preciso cultivarmos a sensibilidade humana e encontramos com o olhar de Jesus nos chamando pelo nome (nome que é símbolo de nossa existência, aquilo que somos na história). Olhar que promove a conversão e a consciência de que não somos perfeitos e não podemos viver como vivemos agora. Assim como Zaqueu, devo pensar “hoje” naquilo que ainda me prende e impede de ver Jesus. Do que devo me desfazer para ter a experiencia da liberdade em Deus?
Pe. Marlone Pedrosa – Paróquia de Nossa Senhora da Conceição (Diocese de Caratinga – MG) – Comissão para Animação Bíblico-Catequética – Regional Leste 2