Coisas do céu (Jo 3,7b-15)
14 de abril de 2015Obedecer a Deus (At 5,27-33)
16 de abril de 2015Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito.
Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus.
Em Gênesis, lemos que Deus nos criou à sua imagem e semelhança. Na primeira carta de João, lemos que Deus é amor e, no início do trecho do evangelho de hoje, lemos que Deus amou tanto o mundo que nos deu o seu Filho unigênito, para que, crendo nele, não pereçamos e tenhamos a vida eterna.
Ora, tudo se resume em uma única palavra: amor!
Ao orar com este trecho do evangelho, verifico que nosso amor é imperfeito. Não conseguimos nos doar completamente, retemos sempre um pouco para nós, acreditamos que precisamos receber, que algo nos falta.
O que pode nos faltar, que Deus já não nos tenha entregado?
Ele nos criou à sua imagem e semelhança, ou seja, criou-nos para amar e participar de sua vida, que é toda amor. Enviou-nos seu Filho unigênito para nos iluminar o caminho de amor a seguir, para que nosso amor possa se aperfeiçoar ao conformar-se com o amor perfeito, revelado por Ele.
Como se tudo isso não bastasse, Deus ressuscita seu Filho, que nós matamos, para que seu amor possa continuar vivendo conosco, refazendo-nos, recriando-nos, assim como o oleiro faz com o vaso que se quebra.
Quem pode fugir de tanto amor?
Nossa felicidade consiste nisto: nos sabermos amados de tal forma por Deus que não podemos mais viver longe de seu amor.
O convite para a oração de hoje é deixar que a esta luz nos ilumine, mostre-nos por onde devemos caminhar para nos aproximar, cada vez mais, deste amor que se derrama por nós e que não cabe em nenhuma medida.
Na primeira leitura de hoje, retirada de Atos dos Apóstolos, o anjo liberta os apóstolos que estavam presos a mando do sumo sacerdote e dos saduceus, dizendo a eles: “Ide falar ao povo, no Templo, sobre tudo o que se refere a este modo de viver”. (At 5, 20)
Somos, pois, convidados a entrar nesse “modo de viver”. Você aceita o convite?
Que Maria, mãe de Jesus e nossa mãe, conhecedora dos caminhos de vivência desse amor incontido, auxilie-nos a encontrar o “modo de viver” que seja agradável a Deus. Amém!
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João Batista Pereira Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte