O sepulcro vazio
22 de julho de 2015Que terreno somos?
24 de julho de 2015Leitura: Mateus 13, 10-17
Naquele tempo, os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: “Por que tu falas ao povo em parábolas?” Jesus respondeu: “Porque a vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é dado. Pois à pessoa que tem, será dado ainda mais, e terá em abundância; mas à pessoa que não tem, será tirado até o pouco que tem. É por isso que eu lhes falo em parábolas: porque olhando, eles não vêem, e ouvindo, eles não escutam, nem compreendem. Deste modo se cumpre neles a profecia de Isaías: ‘Havereis de ouvir, sem nada entender. Havereis de olhar, sem nada ver. Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com os olhos, nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que se convertam e eu os cure’. Felizes sois vós, porque vossos olhos vêem e vossos ouvidos ouvem. Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram”.
Oração: Um coração sensível
A palavra de Jesus, desenhada por parábolas, alcança apenas aqueles que são receptivos à sua verdade. Um coração insensível, como dito na profecia de Isaías, é incapaz de perceber a manifestação de Deus, pois a palavra não o penetra e inflama. Jesus reconhece o povo que o ouve e o vê com má vontade. Para bem imitá-lo, preciso me questionar: tenho sido parte desse povo?
As histórias contadas por Jesus, não só nos revelam sua verdade, como tem caráter atemporal. Podemos convertê-las todas ao nosso tempo, às nossas situações e vivências atuais. Além disso, por meio das parábolas, a simplicidade encontra a profundidade da sabedoria, convidando-nos a pensar os mistérios de Deus. Contudo, para que isso aconteça, é preciso percebê-las vindas verdadeiramente de nosso Deus, com a intenção de nos alimentar e direcionar à sua graça. Não se tratam de contos de fadas, mas de verdades fundamentais para o nosso bem viver em santidade, quando caminhamos em harmonia com a sua vontade.
Na leitura orante da Palavra, devo investigar qual o meu comportamento, se receptivo, disperso ou desinteressado. Antes de rezar, preciso preparar os meus ouvidos, meus olhos, meus sentidos e sentimentos. É momento em que Jesus nos encontra, e nos espera alcançar com o coração aberto, feito templo de Deus.
Não posso ser visto por Ele como alguém de má vontade, de coração insensível, frio. Devo entregar o meu espírito, minha história, em suas mãos cheias de bondade, e perceber atentamente aquilo que ele vem ensinar para cada dia. Seu seguimento deve nos fazer motivados e ansiosos pelo cumprimento de sua verdade, quando seu Reino vem para todos aqueles que têm fé e buscam o bem.
Façamos nosso coração sensível à Palavra de Deus, a fim de que possamos bem compreendê-la e praticá-la a cada dia.
Marcelo Camargos. Acadêmico de medicina na UFMG. Família Missionária Verbum Dei de Belo Horizonte.