
“Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos”
17 de abril de 2025
“Ele não está aqui. Ressuscitou!”
19 de abril de 2025
closeup of a small wooden cross and a depiction of the crown of thorns of Jesus Christ on a wooden surface
18 de abril, 6ª feira Santa, Paixão do Senhor
- Escolha um lugar apropriado para a oração e uma posição corporal que mais lhe ajude. Desligue o celular e cuide para não ser interrompido(a).
- A ambientação ajuda a rezar: disponha no espaço uma vela e a Bíblia.
- Pacifique-se através do silêncio interior e exterior. Para isso, ajuda respirar profundamente várias vezes, de maneira pausada. Talvez uma música ambiente bem baixinha ajude a criar um clima de oração. Faça o sinal da Cruz.
- Tome consciência de que você está acolhendo a presença de Deus como amigo; invoque sempre o Espírito Santo para que ele te conduza nos passos da Palavra.
- Permita que o evangelho de hoje ilumine o seu dia e provoque em você uma busca sincera e constante de Deus.
Leia o evangelho de Joao 18,1-19,42
Leitura: o que o texto diz?
A vida de Jesus é inseparável de sua execução, de sua morte. Estas são consequência de seu modo de ser e de estar na vida e com as pessoas. Jesus é condenado porque sua atuação e sua mensagem sacodem na raiz o sistema organizado a serviço dos poderosos do império romano e da religião do templo. A vida de Jesus se havia convertido em um estorvo que era necessário eliminar. Este é o mistério que hoje estamos contemplando.
Meditação: o que o texto me diz?
Gólgota, o monte da Cruz, do Amor e do pranto. Um lugar carregado de densidade. Nele está o amor fiel e atravessado de uma mãe, a fidelidade de um discípulo e a coragem das mulheres que não abandonam nem fogem; ali se expressa a esperança ferida de um bom ladrão, o reconhecimento assombrado de um centurião, a zombaria daqueles que não são capazes de compreender e pedem provas, a indiferença daqueles que repartem as roupas do crucificado; e, sobretudo, Gólgota desvela uma morte que é consequência de uma vida de entrega, feita de gestos, palavras e obras; desvela uma vida que se fez doação radical nas mãos daquele que se revela Misericórdia.
Oração: o que o texto me faz dizer?
Peça a Deus a graça de compreender Seu abandono, Sua entrega e Seu sofrimento na cruz.
Contemplação: o que o texto faz em mim?
Imagine-se na cena da crucificação. Contemple a morte de Jesus. Que sentimentos provoca em você? Sabes compreender e dar sentido ao teu sofrimento, tua dor? Consegues acolher o silêncio de Deus em tua vida?
Ação: o que o texto me leva a fazer?
“Tudo está consumado” disse Jesus. Contemplando o Crucificado vamos pedir ao Senhor neste dia que nos ajude a permanecer solidários, que nos ajude a olhar a Cruz e escutar o grito dos crucificados nela; escutar os gritos daqueles que vivem na noite do sofrimento, da violência, da injustiça e do desamor. A Cruz é um grito no qual cabem todos os gritos da humanidade, desde o primeiro choro de uma criança até o último suspiro de um moribundo. Escutemos o grito das vítimas do bilionário negócio da venda das armas; o grito dos “descartados” e de todos aqueles que o sistema considera como sobrantes: os sem teto, sem-terra, sem trabalho; o grito daqueles que são julgados por leis injustas em tribunais que, como Pilatos, lavam as mãos….
Equipe do Lectionautas