“Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida”
24 de junho de 2022“…Jesus tomou a firme decisão de partir para Jerusalém”
26 de junho de 2022Lectio Divina de 25 de junho de 2022.
Sábado da 12ª semana do Tempo Comum.
Lc 2, 41-51.
“Todos os que ouviam o menino ficavam extasiados com sua inteligência e suas respostas” (Lc 2,47)
Inicie a Lectio Divina com um tempo de relaxamento e preparação. Feche os olhos. Aquiete seu coração por alguns segundos. Inspire fundo várias vezes de olhos fechados. Deixe-se levar pela respiração. A cada inspiração sinta a vida que entra nos pulmões. E a cada inspiração fale o nome de Jesus.
Invoque o Espírito santo de Deus, a sua iluminação e presença. Cante um canto de invocação a ele, ou reze uma oração ao Espírito Santo.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Leitura: o que o texto diz?
O primeiro passo da Lectio é conhecer o texto, o seu conteúdo. Ainda não é a sua compreensão. É apenas se concentrar no que o texto diz.
O texto hoje, se situa nos relatos da infância de Jesus, em Lucas. E nos fala de um evento, no qual Jesus tinha doze anos de idade. E se passa durante a festa da Páscoa, em Jerusalém.
Leia, em voz alta, devagar, o texto de Lc 2, 41-51.
Agora, faça uma leitura silenciosa do mesmo texto, vagarosamente, prestando atenção em cada palavra dele. Leia Lc 2,41-51.
Meditação: o que o texto me diz?
Nesse passo o importante é meditar, tentando responder á questão: o que o texto me diz?
Há diferentes modos de meditar o texto. Pode ser tentando perceber o que o texto lhe chamou a atenção, seja uma ou mais palavras, versículos, frases, personagens, conflitos, etc. Se você tem algumas dessas atenções, pare, medite o porque lhe chamou a atenção, o que lhe leva a meditar, a pensar.
Outro modo vem do que o texto nos interpela, ou no que ele questiona, leva a pensar. Todo texto pode levantar questões, mas também podemos levantar questões sobre ele, e meditar o que elas nos dizem.
Se este for o seu caminho de meditação, sugerimos algumas perguntas a seguir.
O texto diz que “os pais de Jesus iam a Jerusalém para a festa da Páscoa”. O que isto lhe diz?
Ao fim da festa, Jesus permaneceu em Jerusalém, sem que seus pais percebessem. Na idade de Jesus, aos doze anos, pré-adolescente, esse não é um fato incomum. Isto lhe diz algo?
O texto revela que, provavelmente, havia um hábito de viajarem junto com a parentela e conhecidos para a Páscoa até Jerusalém, e que no meio deles procuraram Jesus e não o encontraram. Como reagiriam os pais diante deste fato? Isto pode lhe dizer algo?
Os pais de Jesus voltaram a Jerusalém à procura do filho. O procuraram na cidade e o encontraram sentado, no meio dos mestres do templo, que o ouviam e lhe faziam perguntas. E “que ficavam extasiados com a sua inteligência e respostas”. O que lhe diz o fato de um jovem de 12 anos estar entre mestres do templo, que o ouviam e admiravam “sua inteligência e respostas”?
Os seus pais ficaram admirados do que viram no templo. O que isto lhe diz?
A mãe de Jesus parece repreendê-lo, e demonstra o sentimento que tinham no coração, ao dizer: “Filho, por que agiste assim conosco. Olha, teu pai e eu andávamos angustiados à tua procura?” Isto lhe diz algo?
Jesus responde de forma enigmática, e de forma que seus pais não compreenderam ao dizer: “Por que procuráveis? Não sabíeis que eu devo estar naquilo que é de meu Pai?” Se afinal, eram seus pais quem estavam angustiados à sua procura, a referencia a estar no que “é de meu Pai” devia soar realmente muito enigmático. Isto lhe diz algo?
Ao final o texto reconhece a volta de Jesus a Nazaré, e que era um filho submisso aos pais. Isto lhe diz algo?
E afirma a respeito à mãe de Jesus, que “guardava todos os acontecimentos em seu coração”. O que isto lhe diz?
Contemplação: o que o texto me faz sentir, experienciar?
A meditação é um tempo de silêncio dedicado a deixar-se invadir por sentimentos e experiências que o Senhor pode suscitar no coração, consciência, sentimentos, memória, a partir do que foi lido, meditado. É deixar-se entregar à possibilidade de que o Senhor fale, ore dentro, no íntimo do ser, no centro do sentir sua presença.
Entregue-se durante um tempo ao profundo silêncio. Deixe o Senhor agir.
Oração: o que respondo a Deus?
Deus já falou pelo texto do Evangelho, meditação, contemplação. Agora é o tempo de responder ao que ele falou. Fale ao Senhor. Fale de forma íntima, espontânea, de coração aberto, como se estivesse conversando com um amigo. Deus acolhe sempre, não importa o que falemos, desde que seja fruto de sinceridade. Neste momento você é o orador. Ele te escuta.
Ação: o que o texto nos chama ao agir, a me comprometer?
A fé não é uma teoria filosófica, uma abstração. É algo concreto que compromete toda a vida, e chama à coerência entre fé e prática de vida.
O Evangelho nos chama a viver e praticar a palavra de Deus. Ele possui uma capacidade de nos transformar, nos modificar em valores, conceitos, atitudes. Nos chama a nos comprometer, a agir segundo os ensinamentos de Jesus.
O texto lhe chama a algum compromisso na fé, na vida comunitária, na família, trabalho, etc.? Ele lhe interpela para o agir em algo, de forma concreta?
Ao término, agradeça ao Senhor de forma espontânea.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Marco Antonio Tourinho – teólogo leigo, Instituto Nova Jerusalém.