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10 de setembro de 202209 de setembro, 6ª feira, 23ª Semana do Tempo Comum
Evangelho Lc 6,39-42
Leitura: O que diz o texto
“A parábola que nos é proposta hoje deve ser compreendida à luz das exigências do amor e da misericórdia. O ‘guia cego’ é o discípulo que não aceita a sua condição de servo e não se submete ao ensinamento do seu Mestre, e que, por isso, não vê os seus semelhantes com o olhar de misericórdia de Jesus; além disso, resiste à identificação com o Senhor. O evangelho reflete também a crítica aos outros desprovidos de autocrítica e de verdadeira misericórdia. A trave não permite enxergar bem, distorce e diminui a visão, e até mesmo a impede.
Meditação: O que o texto me diz
Como eu acolho os ensinamentos de Jesus em minha vida? Qual é o caminho para o não julgamento dos outros? E para combater a hipocrisia? O que leva o ser humano a julgar o outro e a agir com hipocrisia? O que o Senhor nos convida a viver hoje?
Só pode ser discípulo quem se identifica com seu mestre. Do contrário, será uma grande perda de tempo ou mesmo um grande problema para o mestre ter de administrar alguém que não comunga de suas ideias e pensamentos. A esse discípulo, Jesus chama de cego. Essa cegueira é um fechamento do coração, muito mais do que dos olhos, em relação aos ensinamentos recebidos.
Toda crítica desprovida de autocrítica é sempre um veneno terrível. Qualquer pessoa com ciscos nos olhos é incapacitada de enxergar plenamente. Aí se dão as visões distorcidas de si mesmo e, consequentemente, dos outros. Por isso, só o amor e a misericórdia darão parâmetros para um comportamento humanizante e sem julgamentos prévios.
Os bispos que estiveram reunidos na Conferência de Aparecida nos falam: “Para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: “Amem-se uns aos outros, como eu os amei” (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio, “todos reconhecerão que sois meus discípulos” (Jo 13,35). (DAp 138).
Oração: O que o texto me faz dizer
Senhor dai-me um coração manso e humilde. “Ó Espírito Santo! Dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora; fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da Santa Igreja! Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao Coração do Senhor Jesus. Um coração grande e forte, para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos. Um coração grande e forte, para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda ofensa, toda desilusão. Um coração grande e forte e constante até o sacrifício, quando for necessário. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir, humilde e fielmente, a vontade do Pai. Amém” (Papa São Paulo VI).
Contemplação: O que o texto faz em mim
Como eu pretendo viver concretamente, os apelos que o Senhor me revelou?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir todo julgamento. Não enxergo nada se não vejo com os olhos do Mestre, Jesus Cristo.
Ação: O que eu posso fazer a partir do Evangelho
Colocar-me no lugar do outro. Ter empatia e misericórdia com os erros dos outros, não julgar. Ter auto critica.
Margareth Rosalina de Jesus – membro da Comissão para Animação Bíblico-Catequética do Regional Leste 2 e e Especialista em Catequese.