A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular
10 de março de 2023Dá-me de beber
12 de março de 202311 de março, sábado, 2ª semana da quaresma.
Lc 15,1-3.11-32
Teu irmão estava morto e tornou a viver
Leitura. O que diz o texto?
Jesus está sendo criticado pelos fariseus e mestres da Lei, porque “come e bebe com pecadores”. Está violando as leis da pureza. Jesus lembra aos mestres que a Lei deve estar a serviço da vida e responde com as parábolas dos “perdidos e encontrados”, também chamadas “parábolas da misericórdia”, pérolas encontradas somente em Lucas. Hoje vamos rezar com a parábola dos filhos perdidos e o pai misericordioso.
Meditação. O que Deus nos diz através desse texto?
Os fariseus e mestres da Lei, estudiosos da Bíblia, vendo aquela cena de Jesus recebendo os pecadores e comendo com eles, possivelmente estavam pensando nas várias normas de pureza e infinitas dietas alimentares que o povo de Deus seria obrigado a observar. Com certeza pensaram também naquela regra sobre o filho rebelde, comilão, beberrão, viciado, desobediente, que os pais poderiam arrastar para a porta da cidade e pedir aos anciãos: “ ‘Este nosso filho é teimoso, rebelde, comilão e beberrão’. Todos os homens da cidade vão apedrejá-lo até que morra. Assim você eliminará o mal do seu meio…” (Dt 21,18-21). Filho rebelde? É melhor que morra! Surpreendentemente, Jesus vai em outra direção, tem outra lógica, a da misericórdia de Deus. O Pai, que não espera o filho confessar os pecados, não o deixa falar – o filho até tinha ensaiado o que ia dizer – e imediatamente o abraça e cobre de beijos. Oferece o perdão gratuitamente, independente até de confissão de pecados. O Pai quer a presença dos dois filhos, inclusive a do mais velho, também perdido por não considerar o Pai como tal, mas como um patrão. Quer festejar a ressurreição do filho encontrado.
Oração. O que o texto me faz dizer a Deus?
Senhor, ensina-nos a perceber que o essencial do Evangelho é a misericórdia. Pedimos a graça de “termos em nós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus” (Fl 2,5-11), que é manso e humilde de coração.
Contemplação. O que o texto faz em mim?
Todos somos pecadores, necessitados da misericórdia do Pai. Independente do seu erro, sinta o abraço amoroso do Pai, que possui ternura de Mãe. O Pai é bondoso e movido por compaixão, um sentimento que na Bíblia significa um amor de útero materno, estremece as entranhas.
O que o texto me sugere a viver?
Assim como o Pai é misericordioso com você, seja também misericordioso com os outros, lento para a cólera e os julgamentos.
Diác. Glêvison Felipe Lourenço de Sousa*
*Diácono permanente da Arquidiocese de Belo Horizonte, MG. Pós-graduado em Sagrada Escritura pelo Claretiano – Centro Universitário. Membro da Coordenação Colegiada Arquidiocesana da Pastoral Carcerária. Colaborador e residente na Paróquia São José – Vespasiano MG, Brasil.