Amem-se uns aos outros como eu amei vocês (Jo 15, 12-17)
23 de maio de 2014Eu louvo a Deus porque ele não deixou de ouvir a minha oração e nunca me negou o seu amor
25 de maio de 2014“Se o mundo odiar vocês, saibam que odiou primeiro a mim. Se vocês fossem do mundo, o mundo amaria o que é dele. Mas o mundo odiará vocês, porque vocês não são do mundo, pois eu escolhi vocês e os tirei do mundo.
Lembrem-se do que eu disse: nenhum empregado é maior do que seu patrão. Se perseguiram a mim, vão perseguir vocês também; se guardaram a minha palavra, vão guardar também a palavra de vocês.
Farão isso a vocês por causa de meu nome, pois não reconhecem aquele que me enviou.”
O Evangelho de hoje é um termômetro do nosso seguimento a Cristo: as perseguições e incompreensões por causa do seu nome (por causa do testemunho; por causa das opções; por causa da luta pela vida; por causa da verdade; por causa do amor incondicional).
O chamado, no entanto, não é ao endurecimento de uma “medição”, mas a olhar com Ele a nossa vida, nosso dia a dia, reconhecendo os momentos em que nos mantivemos firmes e sofremos as consequências e aqueles em que não demos conta e, para não sermos excluídos, não nos definimos.
O Senhor nos olha com amor, e é diante do Seu amor que somos convidados a dialogar com Ele. Em primeiro lugar a receber o consolo do “Vinde, benditos do meu Pai, vocês que guardaram a minha palavra”. Em muitas situações somos incompreendidos devido ao nível da entrega, à dedicação, a não buscar apenas a dimensão econômica no que fazemos, por querer assumir a palavra dada e o compromisso estabelecido. O “mundo” não pode entender isso mesmo. O mundo em João não tem o mesmo sentido que usamos comumente para nos referir ao que está aí, à sociedade; significa o lugar das trevas, da perdição, o negativo mesmo, que se opõe a Jesus, que não o acolhe. Essa “força” já derrotada por Ele, mas cujo “rabicho final” ainda se faz sentir é que não pode O entender, e por isso não pode entender os passos que vão atrás do Senhor, o caminho de seguimento do discípulo.
Mas há a esperança daqueles que acolheram o Senhor, guardaram a Sua Palavra e Ele nos diz que guardarão também a nossa. Nosso testemunho, por mais que seja perseguido por vários, é acolhido e ilumina a vida de alguns, que por sua vez iluminarão a outros. O chamado não é a temer, mas exatamente a ter esperança e não desistir, reconhecer na dificuldade uma confirmação do caminho.
E se estivermos passando pela calmaria “suspeita”, a “paz de cemitério” que possa revelar uma frouxidão da nossa parte, um amolecer no caminho, uma falta de coerência de vida? Agradecer também que Ele nos mostre e queira nos revitalizar no Seu amor, nos fortalecer novamente no chamado.
Vamos pedir a Maria então que nos acompanhe nesta oração, a Mãe que vem carinhosamente com o termômetro dado pelo Filho e nos ajuda a diagnosticar e tomar o remédio necessário para seguir mais vigorosamente.
Tania Pulier, comunicadora social – Palavra Acesa Editora – Família Missionária Verbum Dei e pré-CVX Cardoner