Aumente a nossa fé. Lc 17, 1-6
12 de novembro de 2018Ao crer, crer além
14 de novembro de 2018Leitura: Lucas 17, 7-10
Jesus disse:
— Façam de conta que um de vocês tem um servo que trabalha na lavoura ou cuida das ovelhas. Quando ele volta do campo, será que você vai dizer: “Venha depressa e sente-se à mesa”? Claro que não! Pelo contrário, você dirá: “Prepare o jantar para mim, ponha o avental e me sirva enquanto eu como e bebo. Depois você pode comer e beber.” Por acaso o servo merece agradecimento porque obedeceu às suas ordens? Assim deve ser com vocês. Depois de fazerem tudo o que foi mandado, digam: “Somos simples servos, fizemos apenas o que devíamos fazer.”
Oração:
Jesus pede aos seus apóstolos que imaginem uma situação: um servo que chega à casa do seu senhor após um dia de trabalho. Jesus pergunta se seria comum que o senhor de imediato admitisse o servo à mesa e responde dizendo que não, que o mais óbvio seria que esse servo servisse àquele senhor para então comer e beber por sua vez.
Assim deve ser com vocês.
Como seguidores de Jesus, que é senhor e servo (Jo 13, 1-20), não devemos esperar ocupar o lugar de quem é servido, de quem come e bebe antes de todos. Imitar o Filho, mestre e servo, requer a escolha dos últimos lugares (Lc 14, 7-11) e a disposição para fazer os trabalhos menos queridos, demonstrando grande amor (Jo 13, 13-15).
Na oração, convém olhar para além do Jesus que eu imagino, que eu criei em minha mente, para enxergar o Jesus real, o Jesus evangélico. Olhar e ver que o Filho se apequena, coloca-se em último lugar, lava os pés de seus amigos e, depois, enfrenta até morte humilhante. Digo que sigo esse homem, mas, intimamente, será que faço isso mesmo? Estou disposto a ser como o Filho, que se despe, coloca-se na fila dos pecadores para ser batizado? Estou disposto a escolher os últimos lugares, a lavar os pés sujos – as feridas do coração e da mente, os caminhos tortuosos – dos meus amigos? Estou disposto a entregar a vida para não negar que o Pai ama cada filho, cada filha?
Jesus continua ensinando aos seus amigos: diz que o servo não deve esperar agradecimento, pois tudo de bom que faz, ele o faz porque deve ser feito, porque cumpre as ordens do senhor. Assim também, diz Jesus, devem se comportar seus seguidores.
Na oração, posso me perguntar: quando faço o bem, eu o faço porque desejo o reconhecimento, o elogio das pessoas ou o de Deus? Ou minhas atitudes de serviço amoroso são fruto natural da minha relação com o Pai, do reconhecimento de que sou amado e de que o agir amoroso faz ver que o Pai ama a todos?
Hoje, peçamos a graça de saber amar com profundidade, de verdade e sem medo… peçamos a graça de saber imitar Jesus quando ele se ajoelha para lavar os pés de seus amigos, quando ele escolhe a pequenez como caminho de grandeza.
João Gustavo H. M. Fonseca, Família Verbum Dei de Belo Horizonte