Haverá alegria no céu por um só pecador que se converte. (LC 15,1-10)
5 de novembro de 2015A humanidade de Jesus e Seu amor pela casa do Pai
9 de novembro de 2015Lc 16, 1-8
Jesus disse aos seus discípulos:
_ Havia um homem rico que tinha um administrador que cuidava dos seus bens. Foram dizer a esse homem que o administrador estava desperdiçando o dinheiro dele. Por isso ele o chamou e disse: “Eu andei ouvindo umas coisas a respeito de você. Agora preste contas da sua administração porque você não pode mais continuar como meu administrador.”
_ Aí o administrador pensou: “O patrão está me despedindo. E, agora, o que é que eu vou fazer? Não tenho forças para cavar a terra e tenho vergonha de pedir esmola. Ah! Já sei o que vou fazer… Assim, quando for mandado embora, terei amigos que me receberão nas suas casas.”
_ Então ele chamou todos os devedores do patrão e perguntou para o primeiro: “Quanto é que você está devendo para o meu patrão?”
_ “Cem barris de azeite!” _ respondeu ele.
O administrador disse:
_ “Aqui está a sua conta. Sente-se e escreva cinqüenta.”
_ Para o outro ele perguntou: “E você, quanto está devendo?”
_ “Mil medidas de trigo! _ respondeu ele.
_ “Escreva oitocentas!” _ mandou o administrador.
_ E o patrão desse administrador desonesto o elogiou pela sua esperteza.
E Jesus continuou:
_ As pessoas deste mundo são muito mais espertas nos seus negócios do que as pessoas que pertencem à luz.
Oração: Somos filhos da luz
Esta passagem me chamou a atenção porque retrata muito bem o mundo de hoje. As pessoas, de modo geral, tentam enganar umas as outras, ganhar vantagens, “dar um jeitinho” em tudo o que fazem. Furam filas nos bancos e casas lotéricas, estacionam nas vagas destinadas aos idosos e cadeirantes, fingem estar dormindo para não ceder o assento ao idoso, à gestante ou à pessoa com criança de colo. Utilizam-se de inúmeras estratégias para aumentar seus bens, suas posses, alcançar um posto de trabalho de melhor remuneração. Esta maneira de ter vantagem sobre o outro é exatamente o que o administrador citado na passagem fez. Quando intuiu que o patrão o iria demitir tratou logo de “fortalecer” seus laços com as pessoas de seu convívio no trabalho, já pensando em beneficiar-se futuramente, caso sua intuição estivesse certa.
Muitas vezes nos indignamos ao observar tudo isto. E por que isto acontece? “As pessoas deste mundo são muito mais espertas nos seus negócios do que as pessoas que pertencem à luz.” (LC 16,8) As pessoas deste mundo são influenciadas e condicionadas a obter e a acumular bens materiais. Já os filhos da luz são regidos por valores totalmente contrários, são condicionados a viver os valores que cultivam o amor, a paz, o perdão, a fraternidade dentre outros. São os valores do Reino de Deus. Quase sempre essas pessoas são tidas como ingênuas, tolas. Se fizéssemos uma comparação os filhos da luz seriam as crianças e as pessoas “deste mundo” seriam os adultos. A criança é inocente, fala o que realmente pensa, age conforme o seu coração, não percebe a maldade implícita. Quando adulto e supostamente “educado” age de acordo com seus interesses, manipula pessoas e cria situações que o favoreça, desta maneira alcançando suas metas.
Diante disto, surge a pergunta: Quais são as verdadeiras riquezas? Quais são os valores que considero mais importantes na minha vida e na vida dos outros?
Refletindo partir da nossa fé, que possamos fazer o exercício de resgatar em nossas lembranças algum momento em que agimos como o administrador descrito na passagem de Lucas 16. Se houve, porque agimos assim?
Que possamos aprofundar o nosso diálogo com Deus, conduzidos pelo Espírito Santo, e meditar sobre como temos vivido e quais riquezas almejamos. Que Jesus e Maria possam ser nossos companheiros nesta caminhada de conversão em direção à luz divina. Amém.
Norma Parreiras da Silva – FMVD – Belo Horizonte