“João, o profeta da verdade”
1 de agosto de 2020“Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!”
3 de agosto de 2020Domingo, 02/08: 18º domingo do Tempo Comum
Mt 14,13-21
Leitura:
Procure ler o texto lentamente, atento a cada palavra e expressão. Guarde o trecho que mais lhe chamar a atenção.
Jesus, junto de seus discípulos, ensina às multidões, que podem saciar-se de suas palavras, tão diferentes dos anúncios terríveis que recaíam sobre o povo em seu tempo. Ao entardecer, percebendo que a hora já avança, os discípulos sugerem que Jesus despeça seus ouvintes, a fim de que eles possam retornar às suas casas e encontrarem alimento. Jesus recorda a responsabilidade dos discípulos e adverte: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!”. Com os que ali estavam, eles encontram apenas cinco pães e dois peixes. É o suficiente para que, junto da ação de Jesus, a fome de toda a multidão seja saciada.
Meditação:
O que o texto diz para mim, hoje, a partir da situação pela qual tenho passado (minhas alegrias, tristezas, desafios, conquistas)?
Jesus alimenta a multidão não apenas com o pão e o peixe, alimentos para o corpo. Ele o faz também – e principalmente – com o pão de sua palavra e com o pão da sua graça. Além disso, ele enche cada homem e mulher que o escuta com a consciência de sua responsabilidade sobre a vida dos outros, com o despertar do desejo da partilha, com o desejo de levar alimento aos famintos, com o desejo de comunhão que significa comer juntos da mesma mesa que é o próprio Jesus. Embora esse texto nos leve a olhar para os pães e os peixes, são muitos e vários os alimentos que vêm de Jesus. Hoje, enfrentando os desafios da Pandemia, muitos de nós em nossas comunidades, ainda estamos privados do nosso alimento maior que é a Eucaristia. Mas e os outros alimentos que Jesus nos oferece? Estamos dispostos a recebe-los? Somos gratos porque Ele nos alimenta de sua Palavra e de suas bênçãos? Somos conscientes de que o Senhor nos anima com outros dons ou rejeitamos os alimentos preciosos que ele traz a nós? E a nossa responsabilidade sobre a fome de nossos irmãos? Será que, como os discípulos, queremos logo nos livrar das necessidades do outro para, de novo, nos preocuparmos só com as nossas? Ou será que aprendemos com Jesus que é também nossa a missão de saciar as fomes várias que há em nosso tempo?
Oração:
A partir da Palavra meditada, apresente ao Senhor a gratidão de seu coração e também seus pedidos.
Senhor, com alegria agradecemos porque a cada dia nos alimentais com vossas bênçãos e, principalmente, com a vida que enche o nosso ser, o nosso mundo e todos os que estão à nossa volta. Agradecemos porque vossa Palavra nos inspira a uma vida melhor, porque suas bênçãos nos sustentam em cada necessidade, porque seu ensinamento nos enche da esperança de ver o vosso Reino ser real, aqui e agora, com a ajuda de nossas mãos. Dá-nos a graça de sermos sempre atentos à vossa ação que, como alimento, se faz presente todos os dias e que possamos reconhecê-la sempre, a fim de sermos gratos pela vossa bondade e conscientes da responsabilidade que nos vem de seu amor. Que saibamos viver o amor e a partilha, a misericórdia e a fraternidade, a alegria e a esperança, sempre segundo o vosso exemplo, para que a nossa vida seja um reflexo da vossa luz a alimentar a vida de nossos irmãos.
Contemplação:
A palavra meditada precisa também tornar-se ação. Como viver o que meditamos em nossa vida? Pense em ações concretas que possam surgir da meditação do dia de hoje.
Na minha família e entre os meus amigos, quem precisa ser alimentado pela Palavra de Deus? Como posso fazer para que a Palavra do Senhor chegue a esse irmão? Como manifestar de modo mais expressivo a gratidão que sinto por ser alimentado pela Palavra e pela ação do Senhor? Quais são os dons que posso repartir com meus irmãos para saciar suas necessidades mais urgentes?
Mariana Aparecida Venâncio (Juiz de Fora – MG)
Leiga, Teóloga, especialista em Sagrada Escritura, mestra em Literatura Brasileira e doutoranda em Estudos Literários. Oferece cursos bíblicos para paróquias das dioceses de Juiz de Fora, Leopoldina, São João Del Rei e Caratinga, em Minas Gerais.