Abra-se! (Mc 7,31-37)
10 de fevereiro de 2017VI Domingo do Tempo Comum – Ano A
12 de fevereiro de 2017Leitura: Marcos 8,1-10
Pouco tempo depois, ajuntou-se outra vez uma grande multidão. Como eles não tinham nada para comer, Jesus chamou os discípulos e disse:
— Estou com pena dessa gente porque já faz três dias que eles estão comigo e não têm nada para comer. Se eu os mandar para casa com fome, eles vão cair de fraqueza pelo caminho, pois alguns vieram de longe.
Os discípulos perguntaram:
— Como vamos encontrar, neste lugar deserto, comida que dê para toda essa gente?
— Quantos pães vocês têm? — perguntou Jesus.
— Sete! — responderam eles.
Aí Jesus mandou o povo sentar-se no chão. Depois pegou os sete pães e deu graças a Deus. Então os partiu e os entregou aos discípulos, e eles os distribuíram ao povo. Eles tinham também alguns peixinhos. Jesus deu graças a Deus por eles e mandou que os discípulos os distribuíssem. Todos comeram e ficaram satisfeitos; e os discípulos ainda encheram sete cestos com os pedaços que sobraram. As pessoas que comeram eram mais ou menos quatro mil.
Jesus mandou o povo embora, e, logo depois, subiu no barco com os seus discípulos, e foi para a região de Dalmanuta.
Oração: Solidariedade
Minha oração de hoje tem como palavra-chave a solidariedade. A multiplicação dos pães e peixes no deserto me faz pensar na solidariedade de Jesus para conosco e na solidariedade que devemos ter para com o próximo.
A situação era crítica: o deserto e três dias de fome. A multidão estava nutrida do convívio intenso com Jesus e bem abastecida com a sua Palavra. Contudo, a volta para casa significaria a morte, já que poderia desfalecer no caminho pela fraqueza, não conseguindo retornar à morada. Aí aparece a solidariedade de Jesus, que começa com a compaixão. Sentiu pena do povo e buscou repartir o pouco que tinha.
Também hoje somos uma multidão que busca o convívio com Jesus. Nutridos pela sua Palavra, precisamos retornar à casa. Mas precisamos retornar à casa definitiva, o Reino de Deus, que nos fica distante pelo pecado. Jesus nos ensina como voltar, mas somos fracos, e nossa tamanha fraqueza pode nos derrubar pelo caminho, impedindo de completarmos a jornada. Há uns que têm um caminho bem longo de retorno, e esses mais facilmente perecerão. Jesus, contudo, têm compaixão da nossa situação, e nos oferece o alimento fortificador: seu próprio corpo, seu próprio sangue. Ele próprio é nosso alimento, que nos fará retornar à casa.
Aquele pouquinho de pão e peixe virou sobra. O pouco repartido vira sobra, e podemos encher sete cestos. Tudo o que é fruto da solidariedade sacia a fome daqueles que tanto estão carentes e ainda vira sobra para nós.
Rezemos para que Jesus nos fortifique com sua Palavra e seu corpo, fazendo-nos cada dia mais compassivos e solidários com nosso próximo. Não deixemos que o egoísmo e a mesquinhez nos impeçam de retornarmos à casa.
Marcelo H. Camargos – Família Missionária Verbum Dei de BH-MG