Disponíveis para o amor (Lc 14,15-24)
1 de novembro de 2016Alegrai-vos comigo! (Lc 15, 1 – 10)
3 de novembro de 2016“Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se.
Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los:
‘Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim.
Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.”
Neste dia, vamos apresentar a Deus nossos entes queridos que já se foram, pedindo por sua união eterna com o Pai. Peçamos a graça também de experimentar-nos unidos. Um dos mistérios da nossa fé é a comunhão dos santos, em que a Igreja militante se une à Igreja celeste, que por aquela intercede.
Todas as leituras deste dia são de uma beleza extraordinária. A primeira leitura fala de uma multidão que não se pode contar, dos que “lavaram e alvejaram suas vestes no sangue do Cordeiro”. Esta é a nossa esperança: nossa luta não é em vão. Cada gesto de amor, de entrega, cada sacrifício pelo irmão não passa em branco para Deus. Nossa entrega se une à de Cristo e nela encontra vida plena. Aliás, a vida assim já não é eternidade? Como dizia o padre Libânio, “a eternidade é a qualidade do tempo”. E qual tempo pode ter maior qualidade do que o vivido no amor?
Vemos ao nosso redor muita perda de tempo, nas distrações ou na violência. Violência não apenas nas nossas ruas e nos países em guerra, mas entre nós mesmos, nas próprias redes sociais. Quanto preconceito, racismo, machismo e conservadorismo político em função de manter um estado de coisas que só beneficia alguns em detrimento de uma maioria!
Mas que esperança saber que a luta contra isso e pela Vida não é em vão!
A segunda leitura nos fala do grande dom que recebemos de sermos filhos de Deus.
Somos filhos no Filho! E qual é a vida dos filhos de Deus se não a que segue os passos do próprio Filho? Ele a resume nas bem-aventuranças:
– os pobres em espírito, que não se apegam porque encontraram a maior riqueza que é o Reino;
– os aflitos, que não são insensíveis à realidade, não se anestesiam diante dela – encontrarão o verdadeiro consolo;
– os mansos, humildes, que se abandonam ao Pai – e também, para não interpretarmos mal esta mansidão, os que têm fome e sede de justiça
…
Cada bem-aventurança em si é um projeto de vida.
Peçamos ao Espírito que nos ilumine a viver a vida nos passos do Cristo, encontrando a verdadeira alegria, aquela que não acaba e tem sabor de vida eterna. Amém!
Tania Pulier, comunicadora social, membro da Família Missionária Verbum Dei e da pré-CVX Cardoner