Compaixão pelos sem-pastor (Marcos 6,34-44)
6 de janeiro de 2015“Quando Jesus soube que João tinha sido preso, foi para a região da Galileia. Não ficou em Nazaré, mas foi morar na cidade de Cafarnaum, na beira do lago da Galileia, nas regiões de Zebulom e Naftali. Isso aconteceu para se cumprir o que o profeta Isaías tinha dito:
‘Terra de Zebulom e terra de Naftali,
na direção do mar,
do outro lado do rio Jordão,
Galileia, onde moram os pagãos!
O povo que vive na escuridão
verá uma forte luz!
E a luz brilhará sobre os que vivem
na região escura da morte!’
Daí em diante Jesus começou a anunciar a sua mensagem. Ele dizia: ‘Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do Céu está perto!’
Jesus andou por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, anunciando a boa notícia do Reino e curando as enfermidades e as doenças graves do povo. As notícias a respeito dele se espalharam por toda a região da Síria. Por isso o povo levava a Jesus pessoas que sofriam de várias doenças e de todos os tipos de males, isto é, epiléticos, paralíticos e pessoas dominadas por demônios; e ele curava todos. Grandes multidões o seguiam; eram gente da Galileia, das Dez Cidades, de Jerusalém, da Judeia e das regiões que ficam no lado leste do rio Jordão.”
Nesta oração, vamos pedir a graça de compreender as fronteiras para as quais o Senhor nos envia.
Jesus vai para a “Galileia dos pagãos”. O território destas duas tribos – Zebulom e Naftali – ficava entre o lago da Galileia e o mar Mediterrâneo. Local de comércio, de trânsito de pessoas, de encontro de culturas, de sincretismos e misturas. Quem vivia ortodoxamente a religião judaica torcia o nariz para esta região, desconfiava da pureza da fé deste povo e da sua fidelidade.
Para aí Jesus vai. Vai e se compromete com este povo. Anuncia a chegada do Reino, da definitiva Boa-Nova de Deus que valia a pena abraçar inteiramente. Curou muitas pessoas, com suas dores, sofrimentos e divisões; ensinou e caminhou com eles, compartilhou a vida. E, com isso, cumpriu as Escrituras, fazendo brilhar a forte luz para quem estava na escuridão, levando vida onde reinava a morte.
Observemos a Jesus: vejamos seu caminhar, sua vida diária em meio a este povo, os encontros com cada pessoa, a acolhida, o anúncio, as transformações. Vejamos sua entrega na Galileia dos pagãos.
E deixemos que ela nos questione:
– A qual Galileia dos pagãos eu sou enviada(o)? A quais “fronteiras” Ele me envia? Quais são meus medos e resistências diante deste chamado?
– O que Deus me pede para viver aí? Quais atitudes de Jesus inspiram-me?
– O que devo anunciar, curar e ensinar e por quais caminhos?
– Que resposta dou ao Senhor diante do Seu chamado? Qual é/será a minha entrega na Galileia dos pagãos?
Que o Espírito, que sopra onde quer, nos impulsione para ir além, até as fronteiras às quais somos enviadas(os).
Tania Pulier, comunicadora social, membro da Família Missionária Verbum Dei e do pré-CVX Cardoner.