Sábado, 26/06:

12ª SEMANA DO TEMPO COMUM

Mt 8,5-17

Leitura:

Procure ler o texto lentamente, atento a cada palavra e expressão. Guarde o trecho que mais lhe chamar a atenção.

O trecho do Evangelho de Mateus que hoje meditamos é a continuação do de ontem. Continua a contar as grandes maravilhas que Jesus realizava em seu tempo. Hoje, meditamos sobre a cura de um empregado do oficial romano. O oficial relata a doença para Jesus e Jesus toma a iniciativa de curá-lo. Então, o oficial demonsra sua grande fé dizendo que não é digno de receber Jesus em sua casa, mas confia que somente a ordem de Jesus seria suficiente para que o homem recuperasse a saúde. Assim se faz e Jesus elogia a grande fé que ele demonstra. Ao mesmo tempo, Jesus ensina que muitos estrangeiros irão adentrar o Reno de Deus, enquanto muitos dos que lhe são mais próximos o rejeitarão. Assim também a sogra de Pedro e muitas outras pessoas são curadas pelo poder de Jesus.

Meditação:

O que o texto diz para mim, hoje, a partir da situação pela qual tenho passado (minhas alegrias, tristezas, desafios, conquistas)?

Ontem meditamos sobre a grande fé do leproso que pede a cura a Jesus. Hoje, meditamos sobre a grande fé do oficial romano. Ele reconhece em Jesus alguém que tem autoridade. Ele sabe que, ele mesmo, tendo alta patente, pode ordenar qualquer coisa a seus empregados e tudo eles fazem. Assim também ele vê Jesus: como alguém que tem poder e autoridade, mas não sobre coisas humanas, sobre a vida. Jesus se admira com a fé daquele homem. Que grande honra é paa as memória ter tido sua fé admirada pelo próprio Jesus! Diante da sua fé, justo ele que era romano – e que, portanto, era de se esperar que não acreditasse em Jesus e o perseguisse, inclusive – Jesus vai advertir aos discípulos que lhe são mais próximos. Jesus dirá que muitos virão do Oriente e do Ocidente para o Reino de Deus, ou seja, mesmo os que parecem estar mais distante adentrarão o Reino de Deus pela sua fé. Mas, talvez, muitos dos que estão perto de Jesus, muitos dos que conhecem a Lei de Deus, muitos dos que praticam os sacrifícios no Templo, não entrarão no Reino de Deus. Isso, principalmente, porque não têm uma fé sincera como a do oficial, capaz de reconhecer seus limites e suas faltas, sem deixar de confiar na misericórdia do Senhor.

Oração:

A partir da Palavra meditada, apresente ao Senhor a gratidão de seu coração e também seus pedidos.

            Senhor, sei que a morada do meu coração não é o espaço digno para tua presença. Mas sei, também, que escolher os espaços menos dignos e torna-os cheios de pureza e santidade com a vossa presença. Peço—te, hoje, que entres em minha casa, na morada do meu coração e em cada espaço que precisa ser transformado, que precisa ser curado e dignificado pela vossa presença. Eu acredito no poder da tua Palavra e da tua ordem, portanto, que hoje possas ordenar todas as transformações necessárias na minha vida e na minha conduta, para que eu seja um(a) discípulo(a) mis fiel e corajoso(a). Amém.

Contemplação:

A palavra meditada precisa também tornar-se ação. Como viver o que meditamos em nossa vida?             Pense em ações concretas que possam surgir da meditação do dia de hoje.

Hoje será interessante pensar em como temos agido com as pessoas que parecem ser mais distantes do Senhor. Talvez aqueles que não professam a fé, que não participam de nossas comunidades… quais são os exemplos de acolhimento dos valores do Evangelho que elas testemunham, mesmo sem professar a crença no Evangelho? Como nós lidamos com essas pessoas? Jesus advertiu que talvez elas entrem no Reino de Deus, enquanto os mais aparentemente próximos dele, não…

Mariana Aparecida Venâncio (Juiz de Fora – MG)

Leiga, Teóloga, especialista em Sagrada Escritura, mestra em Literatura Brasileira e doutoranda em Estudos Literários (UFJF).

ImAGEM: Jesus curando o servo do centurião
Séc. XVI. Por Veronese, atualmente no Museu do Prado, em Madrid.