(Lc 13, 22-30)
31 de outubro de 2018Humildade e hospitalidade
5 de novembro de 2018Todos aqueles que o Pai me dá virão a mim; e de modo nenhum jogarei fora aqueles que vierem a mim. Pois eu desci do céu para fazer a vontade daquele que me enviou e não para fazer a minha própria vontade. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum daqueles que o Pai me deu se perca, mas que eu ressuscite todos no último dia. Pois a vontade do meu Pai é que todos os que veem o Filho e creem nele tenham a vida eterna; e no último dia eu os ressuscitarei.
Oração:
Este trecho do evangelho de hoje é, para mim, um lindo convite à esperança e à fé, no qual Jesus se desdobra em demonstrar que não devemos ter medo de nos lançarmos neste caminho.
Após multiplicar cinco pães e dois peixinhos para alimentar cinco mil homens e perceber que a multidão, no dia seguinte, fora atrás dele por causa da fartura do pão que Ele havia distribuído, Jesus procura conduzir essa mesma multidão ao entendimento de que há muito mais motivo para procurá-lo, do que simplesmente se alimentar de pão que perece.
Jesus se apresenta como o pão da vida, aquele que pode acabar com a fome e a sede de quem nele crê e o procura, porém, a multidão vê Jesus, mas não acredita.
Um pouco de nossa oração, hoje, pode ser verificar em que posição nós estamos. Estamos no meio desta multidão que vê, mas não acredita, ou participamos daqueles que vão até Jesus?
O que é ir até Jesus?
Que o Espírito Santo nos ilumine para compreendermos o que vem a ser “ir até Jesus”.
Penso que, em seguida, o próprio Jesus nos dá uma pista do que vem a ser isso.
Jesus é obediente. Ele faz a vontade do Pai. Ele desceu do céu apenas para fazer a vontade do Pai, e a vontade do Pai é que ele não perca nenhum daqueles que lhe foram dados.
Parece-me, então, que essa seja uma possibilidade para compreendermos se estamos, realmente, indo até Jesus.
Do próprio evangelho segundo João, temos: “Se vocês obedecem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como eu obedeci aos mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. Eu disse isso a vocês para que minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa” (Jo 15,10-11).
Ora, irmos até Jesus, parece-me que seja obedecer aos seus mandamentos. Ele experimentou que viver na obediência dos mandamentos do Pai o tornava feliz, era o que lhe dava alegria. Pretende pois, não perder ninguém, transmitindo a nós essa alegria de viver. E a alegria de viver é seguir seus mandamentos.
E os mandamentos de Jesus, quais são?
Também do evangelho segundo João compreendemos que todos os mandamentos de Jesus podem ser resumidos em um único: “O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês. Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos. Vocês são meus amigos, se fizerem o que eu estou mandando” (Jo 15,12-14).
Penso, então, que “vê o Filho e nele crê” é poder viver neste amor que Jesus nos propõe. Um amor de doação que já é, em si, a semente da vida eterna, que irá desabrochar, completamente, no último dia, quando o próprio Cristo vier colher o que plantou.
Jesus, eu quero viver nesta alegria! Ajuda-me a me aproximar de você. Alimente-me com este pão do seu amor, para que eu também consiga amar a todos, como você amou. Ajuda-me a me aproximar das pessoas na minha casa, no meu trabalho, na minha comunidade. Que eu possa oferecer minha amizade, tal qual você oferece a sua. Que eu possa ser uma boa semente na terra seca de muitas pessoas. Que eu saiba levar o evangelho. Que eu possa levar, para todos, esta alegria de se saber amado por Deus, o qual designou o próprio Filho para vir e não perder nenhum de nós. Amém!
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João Batista Pereira Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte