Eu vou lá curá-lo! – disse Jesus. Mt 8,5-17
1 de julho de 2017Acreditar
3 de julho de 2017PREPARAÇÃO ESPIRITUAL
Obrigado, Senhor, porque ao ler e ao estudar tua Palavra,
convida-nos a seguir-te com fidelidade.
Tua mensagem deixa marcas em nossa mente e em nosso coração.
Fortalecidos por tua luz, dispomo-nos a tornar realidade
tudo quanto teu Espírito nos faz compreender.
Agora, Senhor, estamos preparados para viver segundo tua vontade.
Que tua Santa Mãe, a Virgem Maria, também nossa Mãe,
seja nossa estrela e guia na missão de anunciar até o fim dos séculos
a Boa Nova a toda a criação. Amém.[1]
TEXTO BÍBLICO: Mt 10.37-42
37 — Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais do que ama a mim não merece ser meu seguidor. Quem ama o seu filho ou a sua filha mais do que ama a mim não merece ser meu seguidor.38Não serve para ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar. 39Quem procura os seus próprios interesses nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo, porque é meu seguidor, terá a vida verdadeira.
As recompensas
Marcos 9.41
40 — Quem recebe vocês está recebendo a mim; e quem me recebe está recebendo aquele que me enviou. 41Quem receber um profeta, porque este é profeta, terá uma parte da recompensa dele; e quem receber uma pessoa boa, porque ela é boa, terá uma parte da recompensa dela.
42 — Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem, apenas por ser meu seguidor, der ainda que seja um copo de água fria ao menor dos meus seguidores, certamente receberá a sua recompensa.
1. LEITURA
Que diz o texto?
ü Algumas perguntas para ajudá-lo em uma leitura atenta…
Qual é a consequência de amar mais aos pais ou aos filhos do que a Jesus? O que acontece com quem não estiver pronto para morrer como ele vai morrer e acompanhá-lo? O que acontecerá com quem esquece a si mesmo, porque é seu seguidor? O que acontece com que recebe um deles, ou um profeta, ou uma pessoa boa? Quem receberá sua recompensa?
Algumas pistas para compreender o texto:
Queridos jovens orantes:
O texto deste domingo tem duas partes. Nos três primeiros versículos, somos convidados a revisar nossos vínculos com o Senhor; nos três versículos seguintes, examinamos nossa relação com os irmãos, especialmente com os enviados de Jesus.
À primeira vista, é possível que se mostre um pouco “incômoda” a pretensão de Jesus de ser amado acima de todos os afetos. Costuma-se pensar que o Senhor “compete” com o afeto de nossos pais, filhos, amigos, etc. Na realidade, o Senhor não é um ser caprichoso nem ciumento, a competir com os demais afetos do ser humano. O Mestre reclama um lugar central no coração do autêntico discípulo. Isso é o que o texto pretende enfatizar. O discípulo deve concentrar todas as suas energias em seu Deus e, a partir daí, abrir-se serenamente a todos os legítimos afetos que a vida lhe oferece, mas sempre marcado pelo selo distintivo de pertencer ao Senhor sobre todas as coisas. Isto fica bem claro também na expressão “estar pronto para morrer”. A morte de cruz de Jesus se faz presente de uma forma ou de outra na vida de quem quiser segui-lo.
Na segunda parte, a ênfase é colocada na identificação de Jesus com os demais seres humanos. Ao mesmo tempo em que ninguém pode ocupar o centro da vida, o misterioso é que o Senhor vem a nosso encontro através das pessoas, nelas mesmas. O Mestre envia muitas pessoas a nossas vidas para que expressemos, através delas, nosso amor por ele. Os profetas e também os pequenos, ou seja, aqueles que, diante dos olhos do mundo, têm menos valor ou importância. Neles, Deus nos visita e espera de nós uma resposta de amor.
O que o Senhor me diz no texto?
Este Evangelho confronta-nos com o sentir missionário; os que estivemos envolvidos com Jesus e com seu chamado à missão, sentimo-nos encorajados a pensar que até a vida daríamos por ele. No entanto, isto não é tão certo, pois na hora de deixar a vida de liderança, de já não ser quem toma decisões, de já não fazer pregações que arrancam aplausos, deparamo-nos com o peso da cruz do sacrifício, da humildade, e é necessário saber pôr-se de lado, a fim de que outros floresçam, permitindo que o grão germine.
O Papa Bento XVI partilha conosco a seguinte reflexão: Ele exorta os seus discípulos, cada um de nós, a tomar todos os dias a cruz que nos é própria e segui-lo pelo caminho do amor total a Deus Pai e à humanidade: ‘Quem não tomar a sua cruz para me seguir –diz-nos – não é digno de mim. Aquele que procura conservar a vida para si mesmo, perdê-la-á; mas aquele que perder a sua vida por causa de mim, salvá-la-á’ (Mt 10.38-39). O próprio Jesus ‘é o grão de trigo que veio de Deus, o grão de trigo divino, que se deixa cair na terra, que se deixa partir, romper na morte e, precisamente através disto, abre-se e desta maneira pode dar fruto na vastidão do mundo’ (Bento XVI Visita à Igreja luterana de Roma, 14 de Março de 2010). O mártir segue o Senhor até ao fim, aceitando livremente de morrer para a salvação do mundo, numa prova suprema de fé e de amor (cf. Lumen gentium, 42).
“Mais uma vez, de onde nasce a força para enfrentar o martírio? Da profunda e íntima união com Cristo, porque o martírio e a vocação ao martírio não constituem o resultado de um esforço humano, mas são a resposta a uma iniciativa e a uma chamada de Deus, são um dom da sua graça, que torna capaz de oferecer a própria vida por amor a Cristo e à Igreja, e assim ao mundo”[3].
Continuemos nossa meditação com estas perguntas:
Sou capaz de deixar tudo por Cristo? Realmente tudo? A que coisa estou disposto a morrer para que outros germinem? O amor que sinto por Jesus Cristo é maior do que o que sinto por meus pais, noivo(a), amigos? Sei receber as pessoas que Deus envia à minha vida com sua mensagem?
3. ORAÇÃO
O que respondo ao Senhor me fala no texto?
Queremos ser
mensageiros de tua Palavra;
dá-nos coragem
para levá-la a todos os rincões
de nossa sociedade, Senhor.
Queremos ser tuas testemunhas,
Senhor da História;
queremos mostrar com nossa vida
que tu estás no meio de nós.
Dá-nos a fé à toda prova de tantos
que, diariamente e sem protagonismos,
fazem santo teu nome,
porque tornam presente neste mundo
o Deus-conosco,
com vida, testemunho e exemplo
de irmãos-de-todos[4].
4. CONTEMPLAÇÃO
Como ponho em prática, em minha vida, os ensinamentos do texto?
“Senhor, contigo estou resolvido a morrer como tu“.
5. AÇÃO
Com que me comprometo para demonstrar mudança?
Durante esta semana, busco falar com meu diretor espiritual ou com meu pároco a respeito de minha vocação e de meu desejo de aprender a amar Jesus acima de mim mesmo.
“Quando caminhamos sem a cruz, quando edificamos sem a cruz e quando confessamos um Cristo sem cruz, não somos discípulos do Senhor.”
Papa Francisco