Não é esse o jejum que eu quero (Mt 9,14-15)
16 de fevereiro de 2018“Todos vocês que são corretos, alegrem-se e fiquem contentes por causa daquilo que o Senhor tem feito!”
18 de fevereiro de 2018Depois disso Jesus saiu e viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado no lugar onde os impostos eram pagos. Jesus lhe disse:
— Venha comigo.
Levi se levantou, deixou tudo e seguiu Jesus. Então Levi fez para Jesus uma grande festa na sua casa. Havia ali muitos cobradores de impostos, e outras pessoas estavam sentadas com eles. Os fariseus e os mestres da Lei, que eram do partido dos fariseus, ficaram zangados com os discípulos de Jesus e perguntaram:
— Por que vocês comem e bebem com os cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama?
Jesus respondeu:
— Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar os bons, mas para chamar os pecadores, a fim de que se arrependam dos seus pecados.
Oração:
Bom dia querida Trindade! Obrigado por chamar-me a estar contigo nesse momento de profunda interação. Peço a teu Santo Espirito que guie meus passos, que adoce e fertilize meu coração para que eu seja acolhedor com vossas palavras e elas possam germinar e dar frutos, segundo a vossa vontade.
Nesse tempo oportuno de reflexão e conversão, Jesus nos revela que veio buscar o que estava perdido. Que nós saibamos nos enxergar como pecadores que somos e com o coração acolhedor ouçamos sua voz que nos chama a segui-lo.
“Por que comeis e bebeis com os publicanos e com os pecadores?” Já nos fizemos e ou fizemos à Jesus essa pergunta? Talvez com outras palavras: “Ela era uma pessoa tão boa, porque aconteceu isso? Há tanta gente ruim no mundo… aconteceu logo com ela.” O que passava pelo meu coração no momento em que pensava assim, quais sentimentos? Muitas vezes me peguei pensando assim como os publicanos e fariseus. Logo depois caiu a ficha e vi que essa não é a lógica de Jesus, acolher a uns e excluir a outros, fazer bem a uns e não a outros e pior fazer bem a uns e mau a outros. E percebi também que o que eu sentia em tais momentos era um desejo de justiça distorcido, fora da lógica do amor, do acolhimento e da integração.
“… Não é a justos que vim chamar à conversão, mas a pecadores.” Refletindo sobre essa frase, percebo que eu sou o pecador que necessita de conversão. Todas as vezes que julgo quem precisa ou não se converter, quem deve ou não ser acolhido por Jesus me percebo soberbo e hipócrita. E enquanto perco tempo com isso estou deixando de escutar a voz de Jesus que me chama a segui-lo. Você pode perceber isso também? Perceber que enquanto nosso coração se preocupa em julgar e condenar (e isso as vezes são gritos internos muito fortes) eles não conseguem ouvir a voz suave de Jesus que nos chama: “Segue-me”.
Peçamos ao Senhor, sobretudo nessa quaresma, a graça de aprender a silenciar nosso coração, principalmente quando esteja julgando e condenando. Peçamos um coração silencioso e orante para poder escutar a sua voz. Queremos escutar esse “Segue-me” e como Levi deixar tudo, levantar e seguir-te.
Amém!
Willian M. da Fonseca – Família Missionária Verbum Dei de Belo Horizonte.